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HPV pode aumentar risco de problemas cardiovasculares, segundo pesquisa

Um novo estudo acusou esse vírus, geralmente associado ao câncer, de afetar a saúde do coração

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 3 mar 2023, 10h27 - Publicado em 11 fev 2019, 18h22
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  • Grande causador do câncer de colo do útero (e também envolvido em tumores de garganta, ânus, boca e pênis) o papilomavírus humano (HPV) acaba de ser relacionado a mais um problema de saúde. Cientistas da Universidade Sungkyunkwan, na Coréia do Sul, associaram-no a um aumento no risco de doenças cardiovasculares.

    Entre 2011 e 2016, foram analisados exames de 63 411 coreanas acima dos 30 anos sem problemas prévios no coração. Todas as participantes realizaram exames capazes de identificar 13 subtipos de HPV – alguns estão relacionados ao câncer, enquanto outros causam apenas verrugas genitais.

    Essas mulheres, então, foram avaliadas uma vez a cada um ou dois anos.

    Após controlarem outros fatores, como peso, tabagismo, consumo de álcool, exercícios físicos, nível educacional e histórico de doenças no coração na família, os pesquisadores concluíram que o risco de sofrer piripaques cardíacos era 22% maior nas portadoras de subtipos mais perigosos do HPV.

    E tem um detalhe. Eles notaram que a ameaça se acentuava quando a infecção ocorria entre mulheres com obesidade e síndrome metabólica.

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    “Uma melhor compreensão sobre os tipos de HPV de alto risco como fatores para desenvolvimento de doenças cardiovasculares e a eventual combinação com obesidade e síndrome metabólica poderão ajudar a melhorar estratégias preventivas e os resultados dos pacientes”, afirma, em comunicado à imprensa, Seungho Ryu, professor da Universidade Sungkyunkwan e coautor do estudo.

    O estudo, claro, tem suas limitações. Por ser um dos primeiros levantamentos de grande porte a ligar o HPV com enfermidades cardiovasculares, são necessárias outras pesquisas para confirmar a associação.

    No mais, os próprios autores afirmam que há a possibilidade de as voluntárias terem se livrado do vírus naturalmente – o que ocorre em cerca de 80% das vezes. Além disso, a duração das infecções não foi registrada e faltavam informações sobre os tipos de HPV com potencial cancerígeno em mais de um terço das participantes.

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    “São necessários mais estudos para identificar os genótipos específicos do vírus que contribuiriam para os problemas cardiovasculares e examinar se as estratégias de vacinação contra o HPV também podem ajudar a reduzir essas doenças”, conclui Seungho Ryu.

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