Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Gota aumenta em quase 30% o risco de doença renal crônica, diz estudo

Esse problema doloroso causado pelo excesso de ácido úrico foi associado à perda de função dos rins

Por Chloé Pinheiro
17 set 2019, 18h53

A gota é uma doença inflamatória provocada pelo acúmulo de ácido úrico no sangue. Dor, rigidez e vermelhidão nas articulações são os incômodos mais evidentes durante as crises. Mas a ciência mostra que o quadro pode ter outras repercussões no organismo, incluindo um risco elevado de doença renal crônica.

Em uma pesquisa recente publicada no periódico British Medical Journal, estudiosos compararam quase 69 mil indivíduos com gota a outros 554 mil sem a doença. Eles concluíram, então, que o primeiro grupo tinha uma probabilidade 29% maior de apresentar um comprometimento dos rins. Para piorar, esse índice subiu para 50% considerando especificamente a versão mais avançada da doença renal crônica.

Os pesquisadores utilizaram dados do serviço de saúde pública britânico. Outros fatores de risco para a falência dos rins, como pressão alta, diabetes, problemas cardiovasculares, tabagismo e consumo de álcool, foram considerados para que não interferissem no resultado final da análise.

“Sempre acreditamos que níveis altos de ácido úrico seriam ruins para os rins, mas ficamos surpresos com a magnitude dos achados”, declarou, ao site Medical News Today, Austin Stack, nefrologista da Universidade de Limerick, na Irlanda, que conduziu o trabalho, também assinado pela farmacêutica AstraZeneca.

A ligação entre gota e a doença renal crônica

Ainda não se sabe exatamente o que está por trás desse elo. Mas as maiores suspeitas recaem sobre o ácido úrico. Uma das possibilidades é a de que a hiperuricemia, o nome técnico para o acúmulo dessa molécula, lesionaria os vasos sanguíneos que abastecem os rins. Com o tempo, esses órgãos sofreriam com o desabastecimento e perderiam parte de sua função.

Continua após a publicidade

Os autores argumentam também que a inflamação do organismo durante as crises de gota e a formação dos cristais de urato — consequência do excesso de ácido úrico — seriam danosas aos rins. O mesmo valeria para o uso de anti-inflamatórios que visam amenizar as dores da gota.

Outras repercussões no corpo

Não é uma novidade que o aumento nos níveis de ácido úrico faz estragos para além da gota. A substância, por exemplo, colabora para a retenção de sódio, que leva ao aumento da pressão arterial, e para o surgimento de outras enfermidades cardiovasculares.

Considerando o perigo generalizado, vale manter a gota bem controlada e, se necessário, dosar o ácido úrico no sangue. Se o nível estiver acima da normalidade, ajustes na dieta e no estilo de vida ajudam a contê-lo —e, consequentemente, afastam os estragos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.