A gengivite é uma inflamação nas gengivas provocada, na enorme maioria dos casos, por uma limpeza bucal inadequada.
Entre outros sintomas, a doença causa vermelhidão, sangramento e mau hálito.
Sem tratamento, ela evolui para a periodontite, uma inflamação que danifica as estruturas que sustentam o dente e que chega a comprometer a saúde cardiovascular.
Como a gengivite surge?
Tudo começa quando os restos de comida nos dentes atraem bactérias. Elas, então, começam a se alimentar, multiplicam-se e fixam residência na boca. Em grandes quantidades, passam a atacar a gengiva, originando uma inflamação.
O próprio sistema imunológico intensifica o processo inflamatório na tentativa de matar os micro-organismos nocivos. Daí surgem os sintomas.
Em situações específicas, outros fatores que não a higiene bucal são capazes de promover a gengivite. Alterações hormonais e doenças que abalam a imunidade estão entre eles.
E um dado preocupante: oito em cada dez brasileiros sofrem com gengivite ou periodontite.
Fatores de risco
Várias situações podem levar à gengivite, sendo um dos mais comuns os problemas de higiene bucal.
Além disso, doenças crônicas também estão ligadas ao surgimento da inflamação:
- Tabagismo
- Excesso de peso
- Gravidez
- Diabetes
- Medicamentos contraceptivos
- Alterações hormonais
- Déficits no sistema imunológico
- Menopausa
- Limpeza incorreta dos dentes
- Deficiência de vitaminas
- Consumo excessivo de bebidas alcóolicas
Sinais e sintomas
É comum notar o aparecimento da gengivite por causa da vermelhidão e dos sangramentos durante a escovação. Assim que eles surgirem, a recomendação é procurar o dentista para tratar antes que o quadro evolua para a periodontite.
- Aparecimento de placa bacteriana (tártaro)
- Inchaço e vermelhidão na gengiva
- Feridas pequenas e pus na boca
- Sangramento ao escovar
- Retração gengival
- Mau hálito
A prevenção
Mesmo que a gengivite apareça por outros motivos, valorizar a higiene bucal é a regra número um para impedir seu desenvolvimento. Ou seja, use e abuse do fio dental e da escova ao fim de cada refeição. Aliás, manter a escova sempre seca e limpa e trocá-la a cada três meses (ou assim que apresentar desgaste) evita que ela vire uma mina de bactérias.
Visitas regulares ao dentista também ajudam. No consultório, esse especialista faz uma limpeza meticulosa para expulsar a placa bacteriana, além de conseguir flagrar a doença logo no começo.
Alimentos ricos em ômega-3, como peixes, nozes e linhaça, diminuem as substâncias inflamatórias ligadas ao transtorno. Mas de nada adianta comê-los se depois você não lavar a boca.
O diagnóstico
O dentista constata a gengivite simplesmente olhando para a boca do indivíduo. Contudo, caso a origem da doença não esteja clara, ele pede exames complementares. Da parte do paciente, o ideal é ficar mesmo atento aos sintomas que mencionamos antes.
O tratamento
Algumas vezes, é preciso tomar remédios para frear a ação das bactérias. Se a gengivite não for muito grave, o especialista remove o tártaro dos dentes e, acima de tudo, orienta mudanças no estilo de vida.
Sim, será necessário escovar bem os dentes e até tomar cuidado com alimentos açucarados, especialmente atraentes às bactérias. Fazendo tudo direitinho, é possível reverter o quadro.