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Febre: o que é, causas, tratamentos e quando se preocupar

O aumento da temperatura é uma reação do corpo a infecções e outras doenças. Saiba como diagnosticar a febre, o que ela significa e quando buscar ajuda

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 30 abr 2021, 11h59 - Publicado em 3 nov 2020, 18h23
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  • O que é febre

    Há uma definição técnica: elevação da temperatura corporal acima de 37,8°C devido ao crescimento da atividade metabólica diante de uma anormalidade, que vai desde infecções (gripe, pneumonia, febre amarela, Covid-19) até doenças inflamatórias e autoimunes. Ou seja, a febre é um possível sintoma de diferentes enfermidades. A nossa temperatura normal fica entre 36°C e 37,5°C, mais ou menos.

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    A febre não raro vem acompanhada de sintomas como dor de cabeça e no corpo, mal-estar e enjoo. O infectologista Hélio Bacha, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, explica que o aumento da temperatura é uma consequência das reações do sistema imunológico. “É um fenômeno biológico que não necessariamente tem um objetivo em si. Ele na verdade é o resultado de uma resposta imune”, arremata.

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    Ainda assim, a febre serve como um sinal de alerta para os médicos.

    Como saber se estou com febre e como medir a temperatura corretamente

    “A forma correta é com o termômetro”, explica o médico da família Rafael Ornelas, também do Einstein. Há vários tipos desse equipamento, mas os mais comuns são os analógicos de vidro e digitais, que devem ser colocados com a ponta metálica na axila do paciente.

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    No de vidro, é necessário esperar cerca de cinco minutos para chegar a um resultado confiável. Já o digital emite um sinal sonoro quando a medição está concluída — isso acontece em alguns segundos.

    “Ao relatar a febre para um médico, explique como ela foi checada. E siga as orientações do fabricante do aparelho”, orienta Ornelas.

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    No mais, tenha em mente que outros métodos de aferir a temperatura podem levar a conclusões equivocadas. A história de colocar a mão na testa, por exemplo, não é tão eficaz quanto muitos imaginam — embora possa levantar suspeitas, claro.

    Estado febril e febre: como diferenciar os sintomas

    De acordo com Ornelas, quando a temperatura fica entre 37,3°C e 37,8°C, configura o estado febril (também chamado de febrícula). “Ele é causado tanto por uma variação normal ao longo do dia quanto por atividades físicas. Mas também pode indicar um quadro anormal”, contextualiza.

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    Para saber se o estado febril sinaliza um problema de saúde, fique atento ao surgimento de novos sintomas e acompanhe a temperatura. Se ela subir ou não voltar ao normal com o passar do tempo, converse com um profissional de saúde e explique a situação.

    Hipotermia e hipertermia

    Ornelas explica que hipotermia é o nome empregado para quando a nossa temperatura está baixa demais, normalmente abaixo de 35°C.

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    Já a hipertermia, como a febre, é associada a valores altos no termômetro. Mas calma que não estamos falando de sinônimos.

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    A hipertermia é associada a overdose de drogas, reações adversas de certos medicamentos, insolação ou deficiências no organismo. “A febre é gerada por infecções e outras doenças”, diferencia Ornelas.

    Tipos de febre

    Talvez você tenha ouvido falar de tipos diferentes de febre (contínua, séptica, remitente, intermitente, recorrente…). Esses nomes são usados para distingui-la de acordo com seu padrão.

    A contínua, por exemplo, é aquela que não sofre grandes oscilações em um tempo considerável. A intermitente, por sua vez, vai e vem.

    Mas, na prática, o importante é acompanhar a variação da temperatura ao longo do dia e manter um diálogo com especialistas. “O padrão nos ajuda a avaliar as possíveis causas”, aponta Ornelas.

    Mas e a tal febre interna? “É um termo que ouvimos muito na prática clínica”, reconhece o médico. Ele se refere a uma pessoa que apresenta sintomas comuns da febre, mas que, ao medir a temperatura, não observa qualquer alteração.

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    Indivíduos que, com a temperatura em níveis normais, apresentam calafrios, calorão, indisposição ou outros sinais se encaixariam nessa definição. No entanto, a tal febre interna não é considerada febre propriamente. Se sentir algum desconforto, fale com um expert.

    Fatores de risco

    Como dissemos, a febre pode ser um sintoma de infecções. De acordo com Ornelas, também há doenças autoimunes que provocam aumento da temperatura. Artrite reumatoide, lúpus e esclerose múltipla estão entre essas encrencas.

    Tratamento para febre

    Em geral, reduzir a febre em si é simples. Antitérmicos como dipirona sódica, paracetamol ou ibuprofeno dão conta do recado. Esses, aliás, são medicamentos isentos de prescrição (MIPs), que podem ser adquiridos sem receita.

    Ainda assim, sempre que possível discuta sua situação com um profissional, até porque a febre acusa uma anormalidade no organismo. Ornelas recomenda atenção especial com bebês menores de 3 meses ou quando a alta na temperatura vier junto de pelo menos um dos seguintes sintomas:

    “Em outros casos, ela necessita de observação. Se persistir por mais de 48 horas, o profissional de saúde deve ser acionado”, aconselha o profissional. Hidratação e repouso são outros fatores valiosos aqui.

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    Por que sentimos frio quando estamos com febre

    Você provavelmente já passou pela experiência de estar com a pele quente, mas, ao mesmo tempo sentindo frio, ou um calafrio na espinha.

    Isso acontece porque o cérebro entende que o calorão é o “novo normal”. Então toda temperatura abaixo disso é interpretada como “frio”, assim por dizer.

    O calafrio entra em cena para estimular os tremores, um mecanismo natural que aumenta a temperatura corporal através da contração muscular. “Nessa hora, não é indicado colocar agasalho ou se cobrir com cobertor. Isso só vai elevar ainda mais a temperatura”, informa Bacha.

    Para ajudar a aliviar o desconforto, lance mão de compressas frias no tronco, nos braços e nas pernas, tome banho morno, beba bastante líquido e fique em repouso. “Não utilize álcool nem nas compressas, e nem no banho”, alerta Ornelas.

    Há complicações da febre?

    Em geral, não. Os danos costumam estar associados às enfermidades, e não com a febre em si.

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    No entanto, altíssimas temperaturas podem gerar desidratação, vômito, alucinações e convulsões (mais comuns na febre em crianças com menos de 5 anos).

    Dá para evitar?

    De forma indireta, dá sim. “A prevenção está fortemente relacionada aos cuidados contra infecções”, reforça Ornelas.

    Lavar as mãos, não compartilhar copos e talheres, evitar o contato com pessoas doentes… Além disso, cuidar da saúde como um todo ajuda a manter o corpo mais resistente. Outro motivo para comer bem, praticar exercícios, dormir o suficiente e não se estressar demais.

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