A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou nesta terça-feira (16 de janeiro) todo o estado de São Paulo (SP) como área de risco para a febre amarela. Segundo a entidade, a decisão foi tomada a partir do crescimento do nível de atividade do vírus no território paulista desde o fim de 2017.
Segundo a OMS, toda pessoa sem contraindicação formal que pretenda viajar para qualquer ponto do estado, partindo de dentro do Brasil ou de outros países, tome a vacina contra a doença com dez dias de antecedência. Afinal, esse é o período necessário para ela ganhar uma boa dose de eficiência.
Dependendo de novos casos, outras regiões também podem ser inclusas nessa lista. Recentemente, Rio de Janeiro e Minas Gerais reportaram mais episódios. A Bahia é outro foco de atenção.
Desde dezembro de 2016, foram contabilizadas ocorrências de febre amarela em macacos em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, com 788 casos em seres humanos. Entre esses, 265 acabaram morrendo.
Alta de febre amarela no Rio de Janeiro
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou mais episódios de febre amarela no território fluminense. Dois moradores de Valença, no centro-sul do estado, morreram após contrair a infecção. O resultado foi confirmado após exames laboratoriais realizados pela Fiocruz. Com isso, chega a quatro o número de casos confirmados e a três o de mortos este ano. A outra morte foi em Teresópolis, na região serrana.
Segundo a secretaria, antes de serem registrados os primeiros casos, teve início a criação de cinturões de bloqueio, recomendando-se a imunização principalmente em municípios da divisa com os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, considerados áreas de risco.
“Desde julho do ano passado, todos os 92 municípios do estado [do Rio] já estão incluídos na área de recomendação da vacina e a campanha de vacinação permanece”, diz a nota.
Novos casos em Minas Gerais
O governo estadual divulgou a morte de mais duas pessoas por febre amarela. Um paciente que estava internado em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, já havia sido considerado no levantamento anterior. Mas o outro caso ocorreu no município de Goianá, próximo a Juiz de Fora.
A confirmação teve como base testes feitos pela Fundação Ezequiel Dias. Com os novos registros, o estado já contabiliza 11 mortes, de um total de 46 casos confirmados, de julho do ano passado até agora.
No início de janeiro, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais afirmou que o cenário atual pode ser classificado como a maior epidemia de febre amarela no país. Hoje, a cobertura vacinal no estado é de 81%, “índice muito superior ao mesmo período de 2017”.
Este conteúdo foi publicado originalmente na Agência Brasil.