Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Estudo mostra as melhores maneiras de evitar uma segunda onda de Covid-19

Trabalho simulou diversos modelos de retorno à normalidade e concluiu que uso de máscaras, lavagem de mãos e distanciamento seguirão cruciais

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 9 nov 2020, 18h57 - Publicado em 24 jul 2020, 18h15
coronavírus
Lavar as mãos, usar máscaras e respeitar o distanciamento são medidas cruciais para evitar novos picos de Covid-19. (Foto: Sheila Oliveira/Empório Fotográfico/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Usar máscaras, lavar constantemente as mãos e manter o distanciamento social mesmo depois do fim da quarentena podem evitar novos picos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. É o que revela um estudo feito pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona, publicado no periódico Nature Human Behaviour.

Cabe lembrar que, no Brasil, a realidade é peculiar. Afinal, há um bom tempo os números diários de novos casos e mortes se mantêm em um patamar bastante elevado. Em resumo, ainda não vivenciamos uma queda expressiva. Para países nessa situação, o trabalho mostra que é necessário um lockdown de pelo menos 45 dias e um retorno gradual às atividades – direção totalmente oposta da que estamos seguindo.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores criaram modelos virtuais do fim do isolamento. A população foi dividida em sete grupos: suscetíveis, quarentenados, já expostos ao vírus, infectados não diagnosticados, infectados confirmados e isolados, recuperados e mortos. Na simulação, todos eram submetidos a diferentes estratégias pós-quarentena.

Nos modelos de desconfinamento gradativo testados (como ocorreu na Espanha, onde 50% da população voltou às ruas e, semanas depois, o restante foi sendo liberado aos poucos), o resultado foi um número menor tanto de infecções quanto de mortes, em comparação a uma volta ao normal rápida, sem critérios.

“Nosso modelo é diferente porque considera que pessoas confinadas voltarão a estar suscetíveis e também leva em conta seus comportamentos e percepção de risco”, explicou, em comunicado à imprensa, Xavier Rodó, pesquisador do instituto que liderou a investigação.

Continua após a publicidade

Transmissão pode cair pela metade com máscaras e distanciamento social

O grupo conseguiu calcular em números o impacto de medidas comportamentais no surgimento de uma segunda onda. “Se conseguirmos reduzir a taxa de transmissão em 30% com máscaras, lavagem de mãos e distanciamento social, poderemos diminuir a magnitude da próxima onda de casos. Agora, se a transmissão cair em 50%, esse novo pico sequer ocorreria”, comentou Rodó.

Para os autores, essas mudanças de hábitos podem, inclusive, compensar a falta de testes e rastreamento de contatos de casos confirmados em países que não têm recursos para isso. Só que, como eles alertam, há o risco de os comportamentos preventivos caírem em desuso depois que a epidemia abrandar. Daí a necessidade reforçá-los.

Outra questão abordada foi a duração da imunidade adquirida contra o vírus. Hoje, não se sabe exatamente por quanto tempo uma pessoa fica imune depois de contrair a doença. As expectativas mais realistas falam em poucos meses, mas, se a proteção durar um ano, por exemplo, o intervalo entre novos surtos pode dobrar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.