Nativa da Região Sul do Brasil, a espinheira-santa é uma planta medicinal rica em propriedades antioxidantes. Também conhecida como cancorosa, ela costuma ser consumida na forma de chás.
Há séculos, as suas folhas brilhosas e pontiagudas são empregadas para aliviar sintomas gastrointestinais. Embora não substitua os tratamentos convencionais, ela conta com efeitos analgésicos, cicatrizantes e antibacterianos.
O que é a espinheira-santa?
Pertencente à família Celastraceae, a espinheira-santa é uma árvore de pequeno porte, que pode chegar aos cinco metros de altura. Já as folhas, que possuem textura semelhante ao couro, costumam medir até 12 centímetros.
Além disso, a planta possui pequenas flores amareladas e frutos esféricos. No que se refere à composição química, ela é rica em terpenos,
terpenos, flavonoides, taninos, mucilagens, óleos essenciais e sais minerais.
Para que serve a espinheira-santa?
Muito consumida na forma de chás, a espinheira-santa é utilizada para tratar problemas gástricos, como azia, queimação e indigestão. Além disso, ela pode reduzir a acidez estomacal, aliviar dores na musculatura gastrointestinal e colaborar no alívio (não na cura) de infecções urinárias.
Devido a sua ação antibacteriana, a planta ainda pode ser utilizada como coadjuvante no tratamento de úlceras e gastrites por infecção da bactéria H. pylori. Ela também conta com efeitos antioxidantes, que reduzem os riscos de doenças crônicas e promovem a saúde celular.
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Há ainda estudos que investigam o potencial da espinheira-santa para a melhora da saúde da pele. Por conta de sua ação analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante, a erva pode ser uma aliada no tratamento de eczemas e acnes.
Mas, atenção: nenhum benefício é garantido e nenhuma planta fitoterápica substitui os tratamentos convencionais. Embora seja rica em benefícios, ela é apenas como um complemento para os tratamentos indicados por um profissional de saúde.
Como preparar o chá de espinheira-santa?
O chá é uma das formas mais tradicionais de inserir a espinheira-santa na rotina. Seu preparo é simples, basta adicionar uma colher de sobremesa das folhas secas em 150 ml de água quente.
Em seguida, deixe infusionar por cerca de 5 a 10 minutos. Para aliviar desconfortos gástricos e melhorar a digestão, o ideal é consumir a bebida entre refeições.
Existem ainda outras maneiras de usufruir dos benefícios da planta. O pó é uma delas. Produzido a partir da moagem das folhas secas, ele pode ser diluído em água, sucos ou shakes. Há também as cápsulas, tinturas e extratos. Qualquer uma dessas opções exige acompanhamento médico.
Atenção aos riscos e contraindicações
Quando utilizada de acordo com a dosagem recomendada pelo profissional de saúde, a espinheira-santa não costuma apresentar riscos. Entretanto, se consumida de forma excessiva, ela pode causar boca seca, náusea, aumento de apetite e dor no estômago.
Outro ponto de atenção é que a planta não deve ser consumida por gestantes, lactantes e crianças menores de 12 anos. A bebida também é contraindicada para pessoas com problemas hepáticos, pois pode favorecer quadros de hepatite tóxica. A indicação, portanto, é consultar um médico antes de inseri-la na rotina e evitar usos prolongados.