Espinhas inflamadas: o que acontece se você espremer?
Especialistas e a sabedoria popular concordam: o ideal é não mexer nas espinhas. Entenda por quê

Quando o assunto é saúde, nem sempre os conselhos das pessoas próximas são a mesma recomendação de médicos e especialistas. Mas, tratando-se de espinhas inflamadas, o consenso é verdadeiro: não se deve espremer.
A seguir, entenda os riscos associados em manipular as lesões de acne, o que pode acontecer se você cutucar e o que realmente ajuda se alguma espinha aparecer.
Espinhas inflamadas podem deixar marcas permanentes
A combinação dos hormônios no organismo, os óleos da pele e uma série de bactérias leva à inflamação que conhecemos por acne. Essa inflamação dos folículos pilosos – os poros da pele onde crescem os pelos – se manifesta de diferentes formas: cravos, comedões, espinhas, pápulas, pústulas, nódulos, cistos e até abscessos.
O que chamamos comumente de espinhas são os comedões fechados e inflamados, contendo pus em seu interior. Nesse processo, o folículo piloso fica bloqueado e cheio de sebo, uma substância natural produzida pela própria pele. Esse acúmulo promove o crescimento das bactérias Cutibacterium acnes, que provocam a reação inflamatória ao decompor o sebo e transformá-lo em substâncias que irritam a pele.
A acne pode se manifestar em até 5 graus de gravidade, em ordem crescente de gravidade: acne comedônica, papulopustulosa, nodular-cística, conglobata e fulminante. Exceto pela última condição, mais grave, mais rara e com componentes genéticos, quanto mais se manipular uma lesão de acne, mais a pele ficará exposta à ação de bactérias.
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Além de danificar os poros e aumentar a severidade desse processo, gerando mais nódulos, pústulas e cistos, podem ocorrer outros desdobramentos. Os mais comuns e conhecidos são as cicatrizes de acne, elevadas ou deprimidas. Quanto mais grave for o tipo de acne, maior é a chance de desenvolvê-las. Portanto, o ideal é prevenir e iniciar o tratamento rapidamente.
Outra consequência são as manchas na pele ou hiperpigmentação, efeito decorrente da combinação da inflamação com a exposição a raios UVA e UVB.
Espinhas inflamadas: o que fazer?
A primeira dica no caso das espinhas é óbvia: não espremer e não mexer nas feridas com as mãos, especialmente se não estiverem limpas. A manutenção da higiene da pele também é fundamental para prevenir o acúmulo de sebo e a possibilidade de feridas e inflamações.
No entanto, para casos mais graves, essas ações podem não ser suficientes.
Então, o ideal é procurar um dermatologista e seguir os tratamentos indicados, que podem incluir o uso de pomadas, aplicação de antibióticos e outros procedimentos. O tratamento vai variar de acordo com a gravidade e a localização, e em função de características individuais.