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É possível reimplantar um membro amputado?

Procedimento é muito mais comum com dedos, mas em casos excepcionais pode até ser feito com membros maiores

Por Maurício Brum
14 jun 2025, 08h15
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Acidentes com serras são uma das principais causas de amputação acidental de extremidades, especialmente dedos (Freepik/Freepik)
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Uma amputação acidental de uma extremidade do corpo, além de ser um evento traumático, também é algo que exige atenção médica imediata. As principais preocupações costumam ser estancar o sangramento e evitar infecções, mas há até quem pense em algo além: salvar o membro para uma reimplantação.

Mas será que isso é mesmo possível?

O procedimento não é simples e não pode ser feito em qualquer situação, mas, em tese, dá sim para reimplantar membros amputados, desde os dedos (cenário mais comum) até um braço ou uma perna inteiros, em situações bem raras. É claro: é muito mais fácil fazer isso quanto menor for a extremidade perdida.

Independentemente do tamanho do acidente, buscar um serviço de saúde no menor tempo possível é fundamental para garantir alguma chance de salvar aquele membro.

+Leia também: Fratura exposta: saiba o que fazer diante de um acidente

Cuidados necessários para a reimplantação ser possível

A chance de um reimplante é pequena quando o membro em questão sofreu um dano muito grande. Ou seja, cortes “limpos” aumentam probabilidade de viabilizar o procedimento. Pense em uma ruptura que ocorreu de uma só vez, como algo que foi separado por uma serra elétrica, preservando o máximo dos tecidos ao redor.

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Quando é possível resgatar a extremidade perdida quase intacta, a maior urgência é evitar a necrose dos tecidos pela falta de oxigenação, já que não há mais fornecimento de sangue. Também é fundamental evitar contaminações.

Por isso, o recomendado é que o membro amputado seja acondicionado em algum recipiente hermeticamente fechado (um saco plástico, por exemplo) e, depois, em um contêiner com gelo. Um detalhe essencial: nunca coloque o membro em contato direto com o gelo. Dependendo do tamanho do membro perdido e de quão gelado está o recipiente, dá para mantê-lo viável por até 12 horas.

Todos esses cuidados são necessários para garantir que a extremidade mutilada “sobreviva”, mas não dá para esquecer do resto do corpo: para um procedimento desse tipo ter alguma chance de ser realizado, a vítima precisa estar em condições de ser submetida à operação.

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Por isso, garantir que não haja perda excessiva de sangue ou infecções ocasionadas pelo trauma é um passo inescapável no processo. Quanto menor for o corte, maiores as chances de superar esse momento com menos problemas.

Como funciona, na prática, a reimplantação?

A reimplantação só é considerada quando o paciente está em boas condições gerais de saúde e o membro ainda tem chances de funcionar após o período desconectado do corpo. Se a amputação foi resultante de um grande acidente, que causou lesões diversas, é improvável que haja prioridade para a reimplantação: o objetivo é estabilizar a vítima e salvar sua vida.

Mas, se todos os critérios para a cirurgia forem preenchidos, o procedimento busca reconectar o membro por completo: é preciso fixá-lo junto aos ossos, reconectar vasos sanguíneos e reparar todas as outras estruturas rompidas, o que inclui nervos, tendões e músculos.

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A cirurgia é complexa e exige equipes multidisciplinares. Também é importante ter profissionais experientes nesse tipo de procedimento para avaliar até que ponto o membro ainda tem chances de ser “salvo”, já que um reimplante de uma extremidade em processo de necrose pode ser fatal.

Problemas como trombose e infecções são os maiores perigos dessa operação, e os riscos crescem conforme a extensão do dano a ser retificado. Mesmo quando o procedimento é bem-sucedido, a recuperação prossegue: sessões de fisioterapia e reabilitação são necessárias para garantir a recuperação das funções da extremidade afetada.

A ideia é que a cirurgia de reimplantação tenha caráter funcional, não somente estético, permitindo que o membro “volte à ativa” da melhor maneira possível.

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