Dia das Mães: Assine a partir de 10,99/mês

Dopamina: o que é, qual a função e como aumentar

O neurotransmissor está envolvido principalmente em nos ajudar a sentir prazer, como parte do sistema de recompensa do cérebro

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 mar 2025, 19h30
saude-medicina-cerebro-neurologia-dopamina
A dopamina é produzida no cérebro humano (Foto: Freepik/Divulgação)
Continua após publicidade

A dopamina é uma substância produzida no cérebro, que participa de diversos processos, incluindo memória, motivação, humor, atenção, movimento, entre outras.

Níveis elevados ou baixos estão associados a problemas de saúde, como doença de Parkinson, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e síndrome das pernas inquietas.

O que é dopamina?

A dopamina é um neurotransmissor, que faz a comunicação entre células no sistema nervoso central, transmitindo impulsos elétricos.

No cérebro, os neurônios produzem a substância a partir da conversão do aminoácido tirosina em outro chamado L-dopa que, por sua vez, sofre outra mudança, se transformando em dopamina.

“Na natureza, principalmente na alimentação, as principais fontes da tirosina são as oleaginosas, as carnes, os peixes, o leite, os derivados e as leguminosas”, pontua o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes, professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

+ Leia também: Noradrenalina: o que é e para que serve este hormônio?

Para que serve a dopamina?

A dopamina está envolvida principalmente em nos ajudar a sentir prazer, como parte do sistema de recompensa do cérebro. Um café logo cedo, uma compra muito esperada ou aquele aconchego com alguém querido são coisas que podem desencadear a liberação do neurotransmissor.

Ela ainda é responsável por reforçar a busca pelo bem-estar, estimulando nossa vontade de continuar indo atrás de sensações agradáveis já experimentadas anteriormente.

Continua após a publicidade

No Livro Nação Dopamina (Vestígio – clique para comprar), a psiquiatra Anna Lembke professora da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, se debruça sobre a busca contínua dos indivíduos por estímulos prazerosos, que podem ser viciantes.

Existem ainda outros atributos relacionados, como detalha o médico Helio Magarinos Torres Filho, especializado em patologia clínica e diretor do Richet Medicina & Diagnóstico/Rede D’Or.

“A dopamina atua em diversas funções do organismo, como motivação, prazer, memória e controle motor. Dosar os seus níveis pode ser indicado quando há suspeita de distúrbios neurológicos ou psiquiátricos, como depressão, doença de Parkinson, esquizofrenia ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade”, resume Torres.

Pessoas que tomam medicamentos que afetam o sistema dopaminérgico também precisam fazer esta dosagem.

+ Leia também: O que você precisa saber sobre a melatonina

saude-medicina-alimentacao-cafe-dopamina-prazer
A dopamina está envolvida em nos ajudar a sentir prazer (Foto: svetlanasokolova/Freepik)
Continua após a publicidade

O que acontece quando há baixo nível de dopamina?

Os níveis de dopamina considerados normais variam conforme o laboratório e o método de medição.

No plasma sanguíneo, por exemplo, costumam estar entre 0,3 e 0,5 ng/mL. No entanto, essa avaliação isolada nem sempre reflete com precisão a atividade cerebral, sendo necessário considerar o contexto clínico para uma interpretação adequada.

Para fazer a estimativa, ainda existem outros exames disponíveis.

“A análise do líquido cefalorraquidiano, obtido por punção lombar, é mais precisa, mas também mais invasiva. Já testes de imagem, como PET Scan e SPECT, avaliam a função dopaminérgica no cérebro e são geralmente indicados para investigação de doenças neurológicas”, afirma Torres.

A escolha do procedimento mais adequado depende da suspeita clínica e deve ser feita com orientação médica.

Continua após a publicidade

Níveis baixos da dopamina estão relacionados com a problemas como falta de memória, dificuldade de aprendizagem e alterações na arquitetura e fragmentação do sono.

“Quando há deficiência do neurotransmissor, o indivíduo pode apresentar sintomas como fadiga, falta de motivação, depressão, dificuldade de concentração, incapacidade de sentir prazer e problemas motores, como os observados na doença de Parkinson”, detalha o médico da Rede D’Or.

A correção do problema depende da causa associada ao desequilíbrio e pode envolver a utilização de medicamentos sob orientação médica.

+ Leia também: Controlar dopamina é a nova moda das redes sociais. Faz sentido?

O que pode acontecer quando há altos níveis de dopamina?

O excesso de dopamina, por outro lado, pode causar alterações no humor, no comportamento e, além disso, tem relação com algumas condições neuropsiquiátricas, como transtorno bipolar, ansiedade e esquizofrenia.

“O indivíduo pode ter aumento da impulsividade, da compulsão, assumir comportamentos arriscados, apresentar agressividade, dificuldade de realizar tarefas e para relaxar, uma sensação de euforia e até mesmo de muita confiança”, diz Gomes.

Continua após a publicidade

Nesse caso, o controle pode ser realizado a partir de fármacos baseados em compostos capazes de inibir os efeitos da dopamina.

Para quem tem interesse em conhecer mais sobre este neurotransmissor, o livro A História Íntima da Dopamina (Segmento Farma – clique para comprar*), publicado pelo neurologista Lúcio Huebra e pelo psiquiatra Táki Cordás, detalha as suas várias características e faz um mergulho em suas implicações, associações com doenças, além de apresentar referências históricas, culturais e filosóficas.

*A venda de produtos por meio desse link pode render algum tipo de remuneração à Editora Abril.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.