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Doença inflamatória pélvica: o que é a DIP e quais os sintomas

Ela decorre de uma infecção e pode deixar sequelas no aparelho reprodutor, mas tem tratamento. Conheça essa doença

Por Valentina Bressan
Atualizado em 11 abr 2024, 18h29 - Publicado em 11 abr 2024, 18h25
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O uso de preservativos nas relações sexuais é a primeira barreira para evitar desenvolver um quadro de DIP (Freepik/Freepik)
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A doença inflamatória pélvica (também conhecida pela sigla DIP) começa com uma infecção que atinge o útero, as tubas uterinas e os ovários. Embora outras situações possam facilitar a entrada de micro-organismos na vagina, em geral a condição é causada por uma bactéria transmitida sexualmente.

Existe tratamento com antibióticos para a doença, mas a DIP pode se tornar recorrente ou crônica e deixar sequelas nos órgãos do aparelho reprodutivo.

Para garantir que o problema não cause danos graves, é importante seguir o ciclo de medicação corretamente. Interromper o uso dos antibióticos antes do recomendado pelos médicos é receita para criar bactérias resistentes.

+Leia também: A ameaça crescente (e oculta) das superbactérias no Brasil 

Além disso, em um estágio anterior é fundamental se prevenir contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): utilizando preservativos e realizando testes de rotina.

Conheça mais sobre a DIP abaixo.

O que causa a doença inflamatória pélvica?

Vários micro-organismos podem ser causadores de DIP, mas as principais vilãs são as bactérias. A partir do contato com o canal vaginal, os agentes infecciosos podem chegar aos órgãos sexuais internos.

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O mais comum é que o contato com as bactérias ocorra a partir da prática de sexo sem proteção. Daí, decorrem infecções sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia que, se não tratadas, podem levar à DIP.

Outras situações também podem facilitar a entrada dos microrganismos por ali: é o caso de partos vaginais, abortos, curetagens, cirurgias ginecológicas e uso frequente de duchas higiênicas íntimas. A colocação de DIU pode contribuir para o acesso de agentes infecciosos, mas somente nas primeiras três semanas após o implante.

A principal recomendação de profissionais da saúde é a prevenção. Utilizar preservativos nas relações sexuais é essencial para evitar as infecções que causam DIP – e podem levar a uma doença crônica.

A maioria dos casos ocorre em mulheres que estão em idade fértil. É raro que a DIP afete pessoas antes da menarca ou após a menopausa. Quem já lida com um quadro de vaginose bacteriana tem maior risco de desenvolver DIP.

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Quais os sintomas da DIP?

Nem sempre a DIP apresenta sintomas. Depois de um caso agudo da doença, ela ainda pode se tornar recorrente ou crônica. Os sintomas mais comuns do quadro são:

  • Dor ou desconforto no abdômen ou na pélvis, que piora durante relações sexuais ou entre ciclos menstruais;
  • Corrimento vaginal com odor forte e desagradável;
  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Sangramento uterino irregular;
  • Dor e sangramento excessivo durante a menstruação;
  • Febre;
  • Fadiga;
  • Náuseas e vômitos.

Os casos assintomáticos levam a um atraso no diagnóstico e no início do tratamento, aumentando o risco de complicações. O avanço da DIP pode levar à formação de abscessos, à infertilidade e à dor pélvica crônica.

Outra sequela é o risco de gravidez ectópica: o tecido cicatrizado nas tubas uterinas impede que, em caso de fecundação, o óvulo alcance o útero. Assim, o embrião fica implantado fora do útero, condição que gera muitos riscos à saúde.

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Não há um exame único para diagnosticar DIP. Em geral, os sintomas, o exame físico e o histórico de ISTs dão base ao diagnóstico do médico, que pode se valer também de exames de imagem e biópsias.

Muitas vezes, o quadro só é reconhecido quando já existem lesões nos órgãos internos do sistema reprodutivo.

Que tratamentos existem para a DIP

O principal tratamento consiste no uso de antibióticos para cessar a infecção. A medicação pode ser administrada via oral ou intramuscular. Para alguns casos, pode ser solicitada internação para administração do tratamento intravenoso.

Três dias após o início do tratamento, é feita uma reavaliação médica. Se não houver melhora ou se houver sintomas graves, o encaminhamento para a emergência é o próximo passo clínico.

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Casos de abscessos pélvicos ou de gravidez ectópica requerem cirurgia. Em geral, é recomendado que gestantes fiquem internadas para tratamento – é importante informar o médico se esse for seu caso porque também há antibióticos contraindicados durante a gravidez.

É essencial completar o ciclo de antibióticos receitado pelo médico mesmo se houver melhora dos sintomas. Além disso, é preciso avaliar e tratar parcerias sexuais dos últimos seis meses, que também podem estar infectadas.

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