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Dia Mundial do Combate à Malária: o que é essa doença e como se prevenir

Em homenagem ao 25 de abril, conheça essa doença negligenciada, dos sintomas ao tratamento - e, claro, passando pelos métodos de prevenção

Por Emy Gouveia, infectologista*
25 abr 2024, 10h12

A malária é uma doença febril, potencialmente grave se não tratada, causada por protozoários do gênero Plasmodium. A transmissão ocorre pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, chamados popularmente de mosquito-prego, carapanã, bicuda, entre outros. 

Além da picada do mosquito, a doença pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, por meio da transfusão de sangue ou até mesmo devido a acidentes com materiais que contenham perfurocortantes.

O mosquito costuma se reproduzir em áreas sombreadas, com água limpa, e está mais presente na região Amazônica (incluindo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e na região da Mata Atlântica (abrangendo os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais). 

No Brasil, as espécies Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum apresentam maior importância sobre os casos de malária em humanos. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, mais de 80% dos casos no Brasil são causados pelo Plasmodium vivax e 17% pelo Plasmodium falciparum ou misto. 

Já o Plasmodium ovale, está restrito a determinadas regiões do continente africano e a casos importados de malária no Brasil, refletindo em poucos casos no país. Segundo o governo federal, em 2022 foram notificados 128 956 casos da doença. Já em 2023, foram registrados 139 959 e, em 2024, até o momento, contabilizamos cerca de 30 943 casos.

+Leia também: De dengue a malária: como os mosquitos mudaram o mundo

Sintomas da malária

Entre 10 e 15 dias após a picada do mosquito, a pessoa pode apresentar febre alta, calafrios, tontura, dor no corpo e dor de cabeça. Os indivíduos devem ter atenção, pois os sinais e sintomas são inespecíficos, muito semelhante aos de outras doenças. 

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As formas graves se manifestam com anemia, cansaço extremo, acometimento de órgãos específicos, perda da consciência, sangramentos, falta de ar, convulsões, entre outras complicações.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

Por meio da pesquisa direta do parasita no sangue do paciente infectado, a chamada gota espessa, é possível realizar o diagnóstico. O teste rápido também é uma alternativa para atestar a doença. 

Os casos leves são tratados em casa, com repouso, hidratação e medicamentos específicos, que devem ser adquiridos por prescrição médica e fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com relação aos quadros graves, é necessário a internação em unidades de cuidados intensivos.

Entre o público que deve ter maior atenção com a doença estão as crianças, destacam-se gestantes e pessoas que apresentam a infecção pela primeira vez, pois correm o risco de evoluir com complicações, se a malária não for devidamente tratada.

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Como evitar casos de malária?

É importante reforçar que a malária não confere imunidade para toda a vida, por isso é fundamental a aplicação de medidas preventivas contra a picada do mosquito. Por exemplo: sempre que o indivíduo viajar para uma área endêmica – ou se mora em um local de ocorrência –, é necessário aplicar repelentes. A eliminação de criadouros de mosquitos e a inserção de telas nas janelas também é importante. 

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Vale ressaltar que não há uma vacina disponível no Brasil, mas estudos científicos ao redor do mundo estão sendo realizados. Na África, já está em uso um imunizante contra o Plasmodium falciparum, o mais letal. 

O desenvolvimento de uma vacina é um grande desafio, porém tem um enorme valor para auxiliar na prevenção da doença, tendo em vista o grande número de óbitos que ocorrem anualmente em todo o mundo. 

*Emy Gouveia, médica infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein 

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

brazil-health
(Logo: Brazil Health/Reprodução)
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