Pesquisadores analisaram dados de cerca de 17 mil indivíduos com 50 anos ou mais e, usando modelos matemáticos, concluíram que quase 2% dos casos de demência nos Estados Unidos poderiam ser evitados ao detectar e tratar problemas na visão.
Parece pouco, mas seria algo em torno de 100 mil diagnósticos a menos. “Alterações nas células de uma camada específica da retina parecem relacionadas a manifestações de demência, mas ainda é algo nebuloso”, comenta o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, em Campinas.
O achado americano, portanto, ainda precisa ser corroborado por mais estudos. De qualquer forma, sabe-se que, ao manter ou restaurar a visão, melhoramos nossa relação com o ambiente, o que ajuda o cérebro a funcionar.
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Os olhos (e a cabeça) agradecem
Algumas medidas se tornam ainda mais essenciais com a idade:
1) Estilo de vida: Doenças como diabetes e hipertensão devem ser controladas de perto, assim como a alimentação.
2) Consultas periódicas: O oftalmologista é o especialista que consegue detectar precocemente alterações visuais — e intervir, se necessário.
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3) Operar a catarata: Ela é a principal causa de cegueira em pessoas mais velhas. A cirurgia reverte o problema, e não tem por que fugir dela.
4) Uso de óculos: Outra situação que atrapalha a vista é a presbiopia, alteração comum com a idade, que pode ser corrigida com as lentes certas.
Números sobre demência e visão
- 90% dos casos de perda visual seriam evitados ao realizar exames e fazer tratamentos na hora certa
- 40% das demências são causadas por 12 fatores de risco modificáveis, entre eles álcool e poluição