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Coração artificial: resultados promissores contra insuficiência cardíaca

Equipamento aumentaria a independência e a qualidade de vida de pacientes com estágio avançado desse problema no coração, segundo estudo

Por Alexandre Raith, da Agência Einstein*
Atualizado em 30 jun 2021, 17h17 - Publicado em 25 jun 2021, 17h46
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  • Um coração artificial ainda em testes iniciais poderia conferir mais autonomia para pessoas com casos graves de insuficiência cardíaca. O dispositivo possui um mecanismo de autorregulação que se adapta ao dia a dia do paciente e exigiria menos ajustes e idas a centros médicos ao longo do tempo.

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    O equipamento recebeu o nome de CARMAT-Total Artificial Heart (C-TAH), e protagonizou um estudo publicado recentemente no periódico científico da Sociedade Americana de Órgãos Internos Artificiais.

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    Ivan Netuka, do Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga, na República Tcheca, foi um dos autores da pesquisa. Ele e seus colegas acompanharam, por dois anos, dez pacientes logo após o implante do coração artificial. “O C-TAH efetivamente produziu respostas adequadas que refletem as mudanças nas necessidades diárias dos pacientes”, diz Netuka. “Portanto, ele forneceria uma terapia de substituição cardíaca quase fisiológica”, completa.

    Segundo o artigo, os dados referentes à circulação sanguínea apresentaram variações esperadas em resposta às mudanças na frequência cardíaca média, que foi de 78 a 128 batimentos por minuto. As taxas de pressão arterial também se mostraram normais.

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    A novidade do dispositivo é um sensor de pressão embutido, capaz de medir o fluxo sanguíneo com precisão e, a partir daí, fazer os ajustes necessários automaticamente. Isso, claro, a partir de parâmetros previamente definidos pelo médico. O coração artificial em experimentação reproduz as respostas fisiológicas normais, sobretudo durante as atividades físicas.

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    As equipes que acompanharam os pacientes observaram uma necessidade reduzida de modificar as configurações do aparelho após sua implantação. A maioria das adequações ocorreu nos primeiros 30 dias depois da instalação.

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    Entre os dez pacientes analisados, quatro o utilizaram como um dispositivo permanente. Os outros seis recorreram a ele de maneira temporária, enquanto aguardavam um transplante de coração. Todos eram homens e com idade média de 60 anos.

    A princípio, essa opção seria reservada para pacientes com insuficiência cardíaca biventricular, e em estágio terminal. Mas esse é o primeiro estudo clínico com o C-TAH, e possui um número pequeno de voluntários, entre outras limitações. Mais experimentos serão necessários para confirmar os resultados e mensurar os benefícios reais na saúde e no cotidiano dos participantes. A segurança também precisa ser mensurada em pesquisas mais robustas.

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    Ainda assim, os cientistas do Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga acreditam que essa primeira investigação representa um salto significativo em direção ao próximo estágio de corações artificiais, que forneceriam maior autonomia e bem-estar.

    Esse conteúdo foi publicado originalmente na Agência Einstein.

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