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Como funcionam os remédios como o Viagra e a tadalafila?

Tadalafila e sildenafila fazem sucesso entre os homens, mas não devem ser consumidos desenfreadamente

Por Goretti Tenorio (texto), Letícia Raposo e Rodrigo Damati (infográfico)
18 jun 2025, 14h00
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Há várias opções de medicamentos disponíveis para tatar a disfunção erétil  (Foto: Creative Crop/Getty Images (sildenafila), Dercílio (vardenafila) e divulgação (tadalafila e avanafila) Ilustração: Rodrigo Damati/Veja Saúde)
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Medicamentos que combatem a disfunção erétil, como a tadalafila e a sildenafila, príncipio ativo do famoso Viagra, voltaram a ficar em alta, sendo usados inclusive por quem não precisa deles.

Mas há efeitos colaterais e riscos consideráveis no uso sem acompanhamento médico. Entenda a seguir como esses remédios funcionam.

1. Como acontece uma ereção?

O pênis é formado por corpos cavernosos, cilindros que precisam estar preenchidos de sangue para que a ereção aconteça.

O princípio de tudo é o estímulo sensorial, seja por toque, visão, som… Quando algo desperta a excitação, o cérebro envia sinais à região peniana responsável pela dilatação das artérias e relaxamento dos corpos cavernosos. O pênis recebe sangue e enrijece.

2. Quando surgem os problemas

São várias as causas de disfunção erétil, tais como envelhecimento, estilo de vida, doenças cardiovasculares e desafios emocionais.

Nessas situações, há um comprometimento na oferta de uma substância que dá um gás à ereção e é mediada por uma enzima, a fosfodiesterase tipo 5. Os remédios como o Viagra atuam justamente aqui, inibindo tal enzima para liberar o fluxo ao pênis.

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3. A pílula em ação

Os fármacos dessa classe induzem a dilatação dos vasos do pênis e o escoamento de sangue para a região. Como o medicamento não atua só no tecido peniano, podem ocorrer efeitos colaterais, como dor de cabeça, congestão nasal e distúrbios visuais.

Em geral essas manifestações não são duradouras, mas é prudente buscar avaliação médica antes de usar e caso as reações persistam.

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Clique na imagem para ampliar (Fotos: Manhattan001/Getty Images (bananas inteiras), Rapeepong Puttakumwong/Getty Images (kiwis), jayk7/Getty Images (bananas cortadas) / Ilustração: Rodrigo Damati/Veja Saúde)

Os perigos do abuso

O uso dessas pílulas sem indicação médica é uma ameaça. A orientação é crucial para evitar a interação com outros remédios, caso daqueles à base de nitratos, prescritos para doenças cardíacas — o que pode interferir na pressão.

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Outro risco é o desenvolvimento de dependência psicológica, quando a pessoa passa a acreditar que só consegue um bom desempenho sexual se contar com o remédio.

+Leia também: Disfunção erétil: novos tratamentos e terapias inovadoras

Diferentes, mas com efeitos semelhantes

Os remédios da categoria diferem no tempo de absorção e duração. Entenda:

  • Sildenafila
    A pioneira pílula azul deve ser tomada pelo menos uma hora antes da atividade sexual. O efeito dura em torno de quatro horas.
  • Vardenafila
    Sua ação começa entre 45 minutos e uma hora após a ingestão e se estende por quatro horas. Melhor tomar de estômago vazio.
  • Tadalafila
    Tem ação mais rápida (em 30 minutos) e mais longa (por até 36 horas). Sua absorção não é afetada pelos alimentos ingeridos junto.
  • Avanafila
    Em estudos, na maior parte dos homens funcionou em cerca de meia hora e seu efeito se manteve entre seis e 12 horas depois.

Tadalafila ajuda a ganhar músculos?

Além de buscar atender ao desejo de jovens que querem garantir performances sexuais espetaculares, o medicamento ganhou fama por supostamente favorecer o ganho de músculos.

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Isso porque se acredita que, ao relaxar a camada interna dos vasos, o aporte de sangue propiciaria o aumento muscular. Mas não existe embasamento para essa crença, até porque a tadalafila e companhia atuam na musculatura lisa dos corpos cavernosos, e não nos músculos estriados, que são o foco dos treinos.

A propagação indiscriminada do fármaco embute os prejuízos comuns de extrapolar as indicações e as doses, entre eles o priapismo, a ereção que dura horas, bem como maior risco de infarto e AVC.

Fonte: Luiz Otávio Torres, urologista e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia

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