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Estudo mostra papel da cirurgia bariátrica no controle da hipertensão

Pesquisa vencedora de prêmio da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo reforça que é preciso tratar o excesso de peso para ajustar melhor a pressão

Por Ingrid Luisa
4 jul 2023, 16h29
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  • A hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença em crescimento no Brasil.

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    Segundo a pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a prevalência da condição saltou de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021.

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    Caracterizada por níveis sustentados de pressão acima do padrão 120/80 mmHg (o popular 12 por 8),  a hipertensão, salvo raras exceções, não surge do nada.

    Questões como idade, sedentarismo, tabagismo e elevada ingestão de sal e álcool estão ligadas ao seu aparecimento.

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    E, de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2020), a obesidade é um dos principais fatores de risco para a subida da pressão. São doenças com causas em comum e intimamente relacionadas.  

    Relação entre obesidade e hipertensão

    O excesso de gordura nos vasos reduz o diâmetro das veias e artérias (a chamada vasoconstrição), o que dificulta a passagem do sangue e eleva a pressão arterial de forma crônica.

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    Além disso, as mudanças hormonais e metabólicas que ocorrem no corpo da pessoa com obesidade favorecem alterações na circulação. 

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    Por isso, perder peso é uma etapa fundamental para domar a hipertensão. Para cada 5% de perda do peso corporal, a pressão arterial pode diminuir entre 20% e 30%, apontam as Diretrizes.

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    +Leia Também: Dieta para combater hipertensão não depende só do controle do sal

    Cirurgia bariátrica x pressão

    Pensando nisso, o cirurgião Carlos Schiavon, do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, resolveu investigar mais a fundo o impacto que a cirurgia bariátrica, procedimento usado contra a obesidade, teria nesse contexto.

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    Pesquisas anteriores já mostraram, por exemplo, que ela ajuda a controlar o diabetes, outra doença associada ao ganho excessivo de peso.

    “Sabemos há um tempo que a obesidade piora a pressão alta, e, por conta do elevado risco de morte cardiovascular que a combinação traz, estudar quão válida seria essa opção de intervenção era uma questão de saúde pública”, diz Schiavon. 

    + Leia também: Desarme a bomba da pressão alta

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    Schiavon conduziu um ensaio clínico randomizado (que divide dois grupos aleatoriamente para comparar o efeito de diferentes intervenções), com voluntários que tinham hipertensão e obesidade.

    Os participantes foram divididos em dois grupos. Um ficaria só com o tratamento clínico, com medicamentos e ajustes de estilo de vida. O outro, além do tratamento clínico, seria submetido a cirurgia bariátrica.

    Após 5 anos de acompanhamento, o resultado foi ainda mais promissor do que se imaginava: todos que fizeram o procedimento tiveram redução da taxa de hipertensão, e 46,4% deles tiveram a remissão da doença  — ou seja, não precisavam mais de medicação.

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    “É um resultado bastante robusto, e deixa claro que é fundamental tratar a obesidade para ter um bom controle da pressão. Se a pessoa tem os dois, não se pode focar em apenas uma das questões”, finaliza o médico.

    Além da hipertensão, colesterol, triglicérides e glicemia também foram melhor controlados no grupo que operou.

    O trabalho de Schiavon acaba de ganhar o Prêmio de Melhor Pesquisa Clínica “Prof. Dr. Luiz Venere Décourt”, concedido pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

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