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Cientistas identificam mutações no vírus da febre amarela

Essas alterações não pioram a efetividade da vacina, mas talvez interfiram na agressividade do vírus. Entenda:

Por Cristina Índio Brasil (Agência Brasil)
Atualizado em 28 fev 2018, 13h53 - Publicado em 16 Maio 2017, 16h48

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) identificaram oito mutações em sequências genéticas do vírus da febre amarela do surto de 2017, que estão associadas a proteínas envolvidas na replicação viral. A comprovação foi feita a partir dos primeiros sequenciamentos completos do DNA de amostras de dois macacos do tipo bugio encontrados em uma área de mata, no Espírito Santo, no fim de fevereiro deste ano. Para os cientistas, as alterações genéticas não comprometem a eficiência da vacina contra a doença, mas vão pesquisar se tornam o vírus mais agressivo.

“É uma vacina que já está sendo administrada há 80 anos e que é muito eficaz”, contou Myrna Bonaldo, coordenadora do estudo e chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do IOC. Ela explicou que a alteração não afeta proteínas alvejadas por anticorpos instigados pela imunização. “Em qualquer lugar do mundo em que tem variantes do vírus de febre amarela, a vacina protege com a mesma eficácia. Em princípio, não muda nada”.

Agora, os estudos vão continuar para verificar de que forma a variação pode impactar na infecção em macacos, mosquitos e no homem. Outra pergunta que precisa ser respondida, de acordo com Myrna, é se as mudanças tornam o vírus mais agressivo, no sentido de infectar mais gravemente um hospedeiro, um vetor ou um mamífero. A pesquisadora apontou ainda que, até o momento, essas alterações não foram descritas em nenhum vírus de febre amarela, quer seja os vírus da África ou da América do Sul.

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“Foi bem particular o resultado. Vamos precisar levar este vírus para o laboratório e começar estudos bem básicos”, completou. Ela apontou que somente após a confirmação de onde e quando ocorreram as mutações é que se pode verificar se há relação com desastres ambientais. “Esse é o momento da gente estudar várias amostras da epidemia atual, com associação com amostras antigas, para a gente poder rastrear onde ocorreram essas variações e como isso se dispersou em diferentes regiões do Sudeste”, acrescentou.

Este conteúdo foi publicado originalmente, em versão expandida, na Agência Brasil. 

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