Relâmpago: Revista em casa a partir de 10,99

Cetoacidose diabética: o que é como identificar

Quadro exige atenção médica imediata pois pode levar a complicações graves

Por Thiago Müller
24 mar 2025, 11h42
dia-do-diabetes
Diabetes descompensado é responsável por milhares de mortes ao ano no Brasil (Freepik/Reprodução)
Continua após publicidade

A cetoacidose diabética ocorre quando os níveis de açúcar no sangue estão muito altos e ele se torna ácido, podendo causar uma série de sintomas agudos que exigem tratamento médico imediato.

Como o nome indica, o problema surge como complicação da diabetes, doença que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes.

A complicação ocorre mais frequentemente em pessoas com diabetes tipo 1, aquela em que o sistema autoimune do corpo ataca as células que produzem a insulina e que representa 10% dos casos totais da doença. Mais raramente, ela também pode ocorrer no tipo 2, aquela que ocorre em decorrência da resistência a esse hormônio.

É preciso estar atento aos sintomas para procurar orientação médica, já que o diagnóstico definitivo só pode ser confirmado com exames que avaliam aspectos como o PH e a glicemia no sangue e urina.

+Leia também: Diabetes no Brasil: um problema de saúde pública

Como nosso corpo chega à cetoacidose diabética?

A glicose é usada como fonte de energia no corpo. A insulina, por sua vez, retira a glicose do sangue e as transporta às células. Quando não há insulina suficiente, o sangue passa a apresentar uma taxa muito elevada de glicose, que não consegue ser absorvida para ser transformada em energia.

Continua após a publicidade

Para produzir essa energia sem glicose na célula, o corpo realiza quebra de gordura. Desse resultado se formam cetonas, substâncias ácidas que vão contribuir para a acidificação sanguínea – levando à cetoacidose.

Como identificar a cetoacidose diabética

Em geral, os sintomas se desenvolvem em poucas horas. Uma distinção comum pode ser um hálito com odor semelhante a acetona ou frutado. Além disso, o corpo produz urina excessiva, e apresenta quadros de desidratação e muita sede. Náuseas, vômitos e dor abdominal também são comuns.

Há também riscos relacionados ao funcionamento do coração: aumento da frequência cardíaca e respiratória, além da pressão baixa. Em casos graves, o paciente pode apresentar confusão e perda da consciência.

Continua após a publicidade

Situações pontuais, como infecções, podem aumentar a propensão à cetoacidose, assim como alguns medicamentos e transtornos alimentares. Em algumas situações, também pode ocorrer a chamada cetoacidose alcoólica, que não é causada por complicações do diabetes, mas pela acidificação do sangue relacionada ao excesso do consumo de álcool.

Qual é o tratamento?

Como a cetoacidose diabética é uma complicação grave, a rapidez no tratamento é essencial. A terapia inclui a reposição de líquidos e eletrólitos do paciente, para combater os efeitos da desidratação, além da insulinoterapia. Em geral, a prioridade é por procedimentos para corrigir a acidez sanguínea.

Pessoas com diabetes podem prevenir quadros de cetoacidose através da aplicação correta da insulina e da manutenção de uma dieta adequada.

Continua após a publicidade

Remédios devem ser tomados conforme prescrição, mesmo que o paciente se sinta bem. Recomenda-se a aferição regular da glicemia, além do acompanhamento médico regular para avaliar a progressão do quadro.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.