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Brasil deve ter 600 mil novos casos de câncer em 2018

Inca divulga previsões sobre a incidência de câncer (e os tipos mais prevalentes) em homens e mulheres

Por Vinícius Lisboa, da Agência Brasil
Atualizado em 13 set 2018, 13h30 - Publicado em 4 fev 2018, 07h00
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  • No Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro, é bom ficar de olho nesse dado: o Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos da doença tanto em 2018 como em 2019, divulgou o Instituto Nacional de Câncer (Inca) na Estimativa 2018 de Incidência de Câncer no Brasil. O câncer de pele do tipo não melanoma é o mais frequente no país, enquanto a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, entre homens, e de mama, entre mulheres.

    Considerado menos letal, o tumor de pele não melanoma deve ter cerca de 165 mil novos casos diagnosticados por ano. Se eles não forem levados em consideração, os cânceres mais incidentes nas mulheres serão o de mama (59 mil casos), de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil).

    Entre os homens, a próstata é a parte do corpo que deve ser mais acometida pela doença, com 68 mil casos, seguida pelo pulmão (18 mil) e o intestino (17 mil).

    O perfil da incidência da doença no Brasil varia de acordo com a região. No Sul e Sudeste, há mais tumores de intestino e menor incidência de câncer de colo de útero nas mulheres e, nos homens, de estômago. É um padrão semelhante ao observado em países desenvolvidos.

    Já nas regiões Norte e Nordeste, o câncer de estômago tem uma incidência maior entre homens, e o de colo de útero ainda está mais presente entre as mulheres. Esses dois tipos de tumores são mais associados a infecções e possuem maior potencial de prevenção. Eles costumam ser mais prevalentes em países menos desenvolvidos.

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    No documento divulgado pelo Inca, nota-se ainda que os homens devem receber mais diagnóstico de câncer do que as mulheres em 2018, com cerca de 300 mil casos. Estima-se que elas representem 282 mil novos casos.

    O instituto reforçou também a necessidade de combater a desinformação sobre a doença, promovendo um debate sobre fake news (ou notícias falsas), saúde e câncer. Ana Cristina Pinho Mendes, diretora-geral do Inca, destacou que as informações falsas podem afastar as pessoas do tratamento correto e gerar frustrações.

    “A proliferação de mensagens falsas e incompletas leva muitos a seguir conselhos que, na maioria das vezes, são desprovidos de qualquer embasamento científico”, disse a diretora. Ela ainda destacou que um terço dos casos de câncer pode ser evitado, já que são associados a fatores como tabagismo, inatividade física, obesidade e infecções como o HPV.

    Essa notícia foi publicada originalmente na Agência Brasil

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