Outubro Rosa: Revista em casa por 9,90
Continua após publicidade

Campanha alerta para a tuberculose, que ainda mata milhares por dia

Homens entre 25 e 40 anos são os mais afetados pela doença, que acomete o pulmão e outros órgãos. Conheça mais sobre ela e seu tratamento

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 29 Maio 2023, 12h24 - Publicado em 25 mar 2019, 16h46
campanha tuberculose: sintomas tratamento e vacina
Tosse persistente é o sintoma clássico da tuberculose (Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

A tuberculose não é mais tão famosa como antigamente, mas ainda preocupa. O Brasil registrou 72,8 mil novos casos da doença no ano passado e 4 534 óbitos em 2017. No mundo, são 10 milhões de acometidos e mais de um milhão de vítimas fatais ao ano – ou 4 500 por dia.

Até por isso, o Ministério da Saúde aproveitou o 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, para lançar uma nova campanha de conscientização.

Apoiadas no slogan “Com o apoio de todos, vamos vencer a tuberculose”, as peças veiculadas em rede nacional destacam a importância da identificação dos sintomas, do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento. Homens de 25 a 40 anos são os mais afetados e, por isso, ganharão protagonismo na campanha.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou, reforçando a urgência de ampliar o acesso ao atendimento em serviços de saúde, de garantir financiamento para pesquisas e de promover o fim do preconceito.

Continua após a publicidade

A entidade ressaltou que “ninguém pode ser deixado para trás”.

Melhorou, mas…

A tuberculose é uma infecção que se instala geralmente os pulmões, mas pode também atingir ossos, rins e até a meninge, membrana que envolve o cérebro. Sua fama caiu nas últimas décadas, quando os esforços globais para reduzir a prevalência do problema começaram a dar resultado.

Continua após a publicidade

De acordo com a OMS, mais de 54 milhões de vidas foram salvas desde o ano 2000 e a mortalidade diminuiu 42%. No Brasil, a incidência anual da infecção causada pelo bacilo de Koch, ou Mycobacterium tuberculosis, caiu pela metade.

Só que derrotá-la de vez é outra história. Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), mais de 50 mil pessoas vivem com tuberculose nas Américas sem tratamento, ou sequer sabem que têm a doença.

“O teste de diagnóstico rápido, que poderia ajudar a reduzir esse número, foi usado em apenas 13% dos casos confirmados”, apontou o enfermeiro Milton Monteiro, do HSANP, centro hospitalar na Zona Norte de São Paulo, em artigo divulgado para a imprensa.

Continua após a publicidade

O tratamento

Apesar de perigosa, a tuberculose pode ser tratada com antibióticos – eles quase sempre funcionam. A taxa de cura atual nas Américas, segundo a OPAS, é de 75%.

Até 2030, esse índice deve subir para 90%, enquanto os novos casos devem cair 80%. Acabar com a epidemia global é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um dos principais desafios para chegar lá envolve a adesão ao tratamento, que é demorado – são no mínimo seis meses de remédios diários, oferecidos gratuitamente no SUS. Como logo nas primeiras semanas a pessoa já se sente melhor, a chance de abandonar os comprimidos aumenta.

Continua após a publicidade

Entretanto, não tomar os comprimidos direitinho pode até tornar a doença mais agressiva. Isso porque aumenta o risco da instalação de uma tuberculose resistente a medicamentos, bem mais difícil de eliminar.

Outro fator que atrapalha a luta contra esse transtorno é social. A transmissão da tuberculose está ligada principalmente a condições precárias de vida ou a déficits no sistema imunológico – que são mais comuns entre pacientes com aids, por exemplo.

Entram na lista dos grupos mais atingidos os indígenas, as pessoas privadas de liberdade e os moradores de rua – nesse último caso, o risco de transmissão é 56 vezes maior.

Continua após a publicidade

Por causa disso, há uma boa dose de preconceito atrelada às vítimas dessa infecção. E, consequentemente, ela e seus tratamentos são menosprezados.

Como evitar

A melhor maneira de se prevenir é tomar a vacina BCG, disponível nos postos de saúde para crianças dos 0 a 5 anos. A dose, geralmente dada logo depois do nascimento, protege contra as formas mais graves de tuberculose e não precisa ser reaplicada.

Manter ambientes bem ventilados e com entrada de claridade natural também diminui a circulação da bactéria, que é sensível a luz solar. Aliás, ela é transmitida por meio de gotículas que são expelidas em espirros, tosses e afins.

Já quem teve contato direto com indivíduos com tuberculose deve ser avaliado para verificar a eventual presença de alguma infecção latente – quando o micro-organismo já invadiu o organismo, mas ainda não provocou estragos.

A tosse que persiste por mais de três semanas é o sintoma clássico da forma ativa da infecção. Fadiga, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento também podem aparecer. Se houver suspeita, procure orientação médica.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.