Atenção: uma em cada cinco gestantes tem pelo menos uma IST
Prevalência de infecções sexualmente transmissíveis nas grávidas chama atenção de especialistas
Quer um motivo a mais para não negligenciar os exames de pré-natal e cuidar da saúde sexual antes ou depois de engravidar? Segundo um levantamento nacional, 21% das gestantes está infectada por, no mínimo, um patógeno sexualmente transmissível.
“É uma prevalência alta, mas que pode passar despercebida, pois a maioria dos casos é assintomática”, afirma a infectologista Angélica Espinosa, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
A médica e colegas analisaram amostras de mais de 2,7 mil mulheres de todas as regiões do país. Entre elas, 10% testaram positivo para Chlamydia trachomatis e 8% têm Mycoplasma genitalium, ambas bactérias associadas a infecções urinárias.
“Sem o devido tratamento, elas podem causar inflamação do endométrio, aborto espontâneo, parto prematuro e conjuntivite neonatal”, alerta Angélica.
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Exame caseiro contra o câncer ginecológico
A microbiota vaginal diz muito sobre o bem-estar feminino. E disso os pesquisadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, sabem bem. Eles estão desenvolvendo um teste capaz de rastrear micro-organismos da região íntima que estão associados a maior risco de tumores de ovário e endométrio.
A ideia é criar um exame fácil e preciso, por meio de um swab utilizado em casa, que auxilie no diagnóstico precoce dessas doenças. “A triagem da microbiota pode melhorar os desfechos das pacientes”, afirma a ginecologista Marina Walther-Antonio, líder da empreitada.
A detecção de uma bactéria em especial, a Porphyromonas somerae, é o principal objetivo do projeto.