Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Anvisa proíbe venda e uso do fenol no Brasil

Riscos da substância ganharam destaque após morte de homem que fez uma sessão de peeling

Por Maurício Brum
Atualizado em 25 jun 2024, 13h54 - Publicado em 25 jun 2024, 13h07
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e o uso de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos ou de saúde em geral.

    A resolução foi publicada no Diário Oficial da União em 25 de junho, e ocorre como consequência da morte do empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, após se submeter a um peeling de fenol, no início do mês.

    A Anvisa justifica a proibição afirmando que “até a presente data, não foram apresentados à agência estudos que comprovem a eficácia e segurança” do fenol nesse tipo de procedimento.

    +Leia também: Peeling de fenol: 5 passos para garantir a segurança do procedimento

    Médicos pedem mais controle

    O peeling de fenol ganhou fama, especialmente nas redes sociais, devido à transformação radical que promove na pele. Ao induzir a quebra de proteínas da epiderme, o produto estimula uma produção de colágeno que pode ajudar no combate a rugas, manchas e outras marcas da idade.

    Apesar da nova proibição ao fenol, médicos afirmam que o procedimento pode ser feito de forma segura e com bons resultados, desde que realizado por um profissional qualificado para lidar não somente com o composto em si, mas para auxiliar no processo de recuperação, que é demorado e envolve riscos.

    Continua após a publicidade

    O que especialistas da área cobravam, justamente, era mais rigor na aplicação da técnica. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), por exemplo, chegou a solicitar à Justiça que só médicos fossem autorizados a realizar o procedimento. Segundo o pedido, dentistas com especialização em harmonização orofacial também seriam exceções para adquirir o fenol, mas o peeling ainda deve ser feito sob supervisão médica.

    Com a difusão de clínicas de estética, muitos leigos começaram a realizar o procedimento, colocando clientes em risco. No caso de Henrique Silva Chagas, o peeling foi feito por uma pessoa sem nenhuma formação na área de saúde ou mesmo em estética.

    Quais são os riscos do fenol

    Embora a técnica possa trazer bons resultados desde que feita em ambiente seguro e sob a devida supervisão médica, o fenol está longe de ser um composto inócuo. O peeling com essa substância é contraindicado para pessoas com problemas prévios no coração, rins ou fígado, já que ele apresenta alta toxicidade a esses órgãos.

    Continua após a publicidade

    O procedimento também é considerado invasivo, o que coloca uma sobrecarga sobre o coração mesmo em quem não tem cardiopatias conhecidas. É preciso, portanto, um monitoramento das funções corporais durante a realização e um acompanhamento constante no período de recuperação.

    No caso de Henrique Silva Chagas, o empresário sofreu uma parada cardiorrespiratória, mas as razões exatas ainda estão sendo apuradas. Em um primeiro momento, a polícia chegou a aventar a hipótese de um choque anafilático.

    Familiares relataram à imprensa que ele já havia sido diagnosticado previamente com uma arritmia cardíaca, um fator que poderia contraindicar o peeling em qualquer cenário. O caso segue sob investigação.

    Continua após a publicidade
    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.