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Amoxicilina: o que é, para que serve e quais os efeitos colaterais

Utilizado contra várias infecções, esse antibiótico demanda cuidados devido ao risco de interações medicamentosas e resistência bacteriana

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 8 Maio 2023, 18h57 - Publicado em 9 jun 2021, 16h10
uma cartela de cápsulas
Não se deve interromper o tratamento com amoxicilina no meio do caminho. (Foto: GI/Getty Images)
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O que é a amoxicilina e para que ela serve?

A amoxicilina – conhecida popularmente como “amoxilina” – é um medicamento antibiótico usado no tratamento de diversas infecções bacterianas, como pneumonia, amigdalite e problemas no trato genitourinário, a exemplo de infecção urinária.

“Em linhas gerais, ela age rapidamente como bactericida, inibindo a síntese da parede celular dos microrganismos. Com isso, provoca alterações que são incompatíveis com a sobrevida da bactéria“, detalha a farmacêutica Raissa Carolina Cândido, pesquisadora associada ao Centro de Estudos do Medicamento da Universidade Federal de Minas Gerais (Cemed/UFMG).

A amoxicilina é vendida apenas com uma receita especial, que fica retida na farmácia. Essa foi uma medida implementada para inibir o uso indiscriminado.

Quanto tempo dura o tratamento

O tempo de utilização varia de acordo com a infecção em questão, bem como a dose. Mas, em geral, a terapia vai de sete a 14 dias.

“A melhora dos sintomas costuma ser observada já nos primeiros dias, mas o tratamento deve sempre ser realizado até o final”, orienta Raissa.

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+Leia também: Para que serve o fluconazol

Quais são as formas de administração

A amoxicilina está disponível em cápsulas e também suspensão oral (uma espécie de xarope) . A escolha por uma das opções depende da infecção, da situação clínica do paciente e da comodidade.

Crianças e pacientes com dificuldade de deglutição, por exemplo, se beneficiam da suspensão oral”, exemplifica a farmacêutica.

Crianças, grávidas e idosos podem usar?

Esse é um remédio seguro para os pequenos e os mais velhos, sendo necessário apenas fazer ajustes na dosagem.

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Já para gestantes e lactantes, a ingestão deve ser avaliada de acordo com cada paciente, sendo indicado apenas quando os benefícios potenciais justificam os possíveis riscos associados.

 

ilustração de mulher com dor de garganta
Amidalite é um dos problemas que podem ser resolvidos com a amoxicilina. (Ilustração: Erika Onodera/SAÚDE é Vital)

Possíveis efeitos colaterais

“Os eventos adversos mais comuns são diarreia, náusea e manchas vermelhas na pele. Contudo, também podem ocorrer vômito, urticária, prurido, entre outros”, lista a pesquisadora.

Leia também: Fluoxetina: o que é, para que serve e como funciona esse antidepressivo

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O que acontece se houver superdosagem

Quando ingerida em excesso, a amoxicilina causa problemas gastrointestinais, como náusea, diarreia e vômitos.

“Nesses casos, é importante estar atento ao surgimento de sintomas adicionais decorrentes da perda excessiva de água e sais minerais, que precisam ser tratados adequadamente”, recomenda a expert.

Quais os cuidados ao usar amoxicilina

Um dos grandes perigos é o consumo sem recomendação médica. “O uso desnecessário ou inapropriado expõe o paciente a um maior risco de eventos adversos e contribui para o agravamento da infecção. Sem falar que contribui para o surgimento de bactérias cada vez mais resistentes à ação dos antimicrobianos”, alerta Raissa.

Por isso, utilize apenas sob prescrição de um especialista. Além disso, não deixe de informar ao profissional de saúde todos os medicamentos que você toma para que sejam avaliadas possíveis interações.

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“A administração simultânea da amoxicilina e de contraceptivos orais combinados, alopurinol e varfarina pode provocar alterações na absorção e no efeito desses remédios”, informa a farmacêutica.

Um outro problema comum é a interrupção da terapia na metade, quando os sintomas melhoram.

“Isso faz com que a infecção não seja tratada completamente, aumentando a possibilidade de complicações, além de contribuir para a resistência aos antimicrobianos. É muito importante que o tratamento seja realizado até o final”, reforça a especialista.

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