Alisamento de cabelos: entenda os riscos e cuidados associados à prática
Anvisa reforçou proibição a cosméticos contendo formol, produto com potencial cancerígeno que segue em uso apesar de banido

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um novo alerta sobre produtos com formol ou ácido glioxílico, usados de forma corriqueira — mas irregular — para o alisamento capilar. Ambos podem causar efeitos indesejados, trazendo graves riscos à saúde.
O uso de formol em cosméticos é proibido no país, enfatiza a Anvisa em nota. A substância só pode ser empregada, em baixa concentração (no máximo, 0,2%), na fabricação de conservantes ou fortalecedores de unhas.
Por que os produtos são banidos?
Segundo a agência, o formol e o ácido glioxílico não têm perfil de segurança que permita a autorização de uso para o alisamento capilar.
Os produtos trazem riscos de queimaduras graves no couro cabeludo e danos aos cabelos (como quebra e queda). Também são documentadas reações alérgicas severas que podem levar ao choque anafilático, além de quadros de irritação na pele, olhos e vias aéreas.
Os impactos possíveis não se resumem ao curto prazo: o formol, nome encurtado do formaldeído, também é classificado como uma substância cancerígena.
O risco é aumentado para pessoas expostas continuamente a ele, como quem trabalha em salões de beleza e outros lugares onde produtos com formol têm sido empregados de forma rotineira, mesmo com a proibição.
+ Leia também: O que o formol causa quando usado como alisante capilar?
Existem produtos alternativos?
Produtos sem formol ou ácido glioxílico podem ser encontrados para alisamento das madeixas, com a devida autorização da Anvisa. A lista inclui itens como hidróxido de sódio ou o hidróxido de guanidina.
Essa classe de produtos é conhecida como alisantes alcalinos, diferenciando-se dos cosméticos irregulares com ácido glioxílico ou formol, que são considerados alisantes ácidos.
Formas permitidas também exigem cuidados?
Mesmo os produtos liberados para o alisamento dos fios exigem cuidados na aplicação. Siga sempre as orientações do fabricante para reduzir as chances de problemas.
Caso você tenha alguma irritação ou doença que afete o couro cabeludo, evite o uso de qualquer composto sem a devida orientação médica.
Além disso, suspenda a utilização diante de reações indesejadas após o procedimento, e busque orientação de um profissional de saúde. Um médico dermatologista pode avaliar a situação do couro cabeludo e os eventuais danos.
Antes do alisamento, é fundamental observar que o cosmético conta com autorização da Anvisa e não contém nenhuma das substâncias irregulares. A agência orienta a ler bem a embalagem para certificar que a composição é segura, e não fazer uso de produtos sem rótulo.