Outubro Rosa: Revista em casa por 9,90
Continua após publicidade

Excesso de formol no ar em salões de beleza (e em produtos para o cabelo)

Em uma cidade paulista, boa parte dos salões tem altas taxas de formol no ar – substância usada em produtos de alisamento capilar e que causa até câncer

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2019, 18h40 - Publicado em 13 fev 2019, 17h31
alisamento capilar escova progressiva
Por causa do formol, a escova progressiva é associada a problemas de saúde (Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

O formol, uma substância com potencial cancerígeno, está tomando conta do ar de muitos salões de beleza, segundo um estudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Pelo menos na cidade de Bauru, no interior paulista, 39% dos estabelecimentos teriam taxas excessivas dessa molécula circulando pelo ambiente.

Para o experimento, cientistas selecionaram 23 salões de beleza de diferentes regiões, que atendiam os mais variados públicos. A partir daí, instalaram dispositivos que captavam partículas no ar – eles ficavam posicionados na altura da cabeça dos cabeleireiros, que seriam os mais afetados por passaram o dia todo no ambiente.

As amostras, então, foram levadas para o laboratório. E foi lá que se descobriu que 39% delas ultrapassaram o limite de concentração de formol estabelecido no Brasil – 1,6 PPM (parte por milhão) para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

“Além de irritação em nariz, laringe e olhos, problemas respiratórios e na pele, o formol é uma substância cancerígena”, reforça Marcelo Eduardo Pexe, engenheiro ambiental e autor do levantamento. “Chegamos a encontrar amostras com até 4,2 PPM em uma única aplicação. Considerando que em muitos salões podem ocorrer até três escovas progressivas por dia, qual é o risco a que estão expostos os profissionais?”, questiona, em comunicado à imprensa.

Continua após a publicidade

Embora os cabeleireiros sejam os mais ameaçados pelo tempo de exposição, os clientes também devem ficar atentos.

Aliás, a pesquisa brasileira também testou 18 marcas de creme para escova progressiva usadas nesses salões. E todas ultrapassaram significativamente o limite de formol determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

Para ter ideia, a concentração máxima no produto não pode extrapolar 0,2%. Só que, de acordo com o estudo, as quantidades variaram de 3,64 a 10,96% – até 54 vezes acima do valor máximo.

“Cerca de 65% das cabeleireiras apresentaram queixas de doenças ocupacionais, relatando irritação ocular, lesões de pele, cefaleia, dor em membros superiores e inferiores e problemas respiratórios”, explica Pexe.

Continua após a publicidade

Claro que não dá para extrapolar esses achados para o resto do Brasil. Por outro lado, eles alertam para a necessidade de profissionais e clientes refletirem um pouco mais sobre a necessidade do alisamento e, acima de tudo, buscarem produtos de boa qualidade. Além de, claro, aplicarem esses itens corretamente.

Não é só o creme para escova progressiva que importa

Outra descoberta interessante: características do salão de beleza influenciaram na concentração de formol no ar. Exemplos: quantidade de portas e janelas e altura do pé direito. Quanto mais ventilado, melhor.

Os pesquisadores também chamaram a atenção para o fato de que lavar os cabelos antes da etapa de secagem e “pranchamento” dos fios diminuiu a exposição a essa substância. Isso porque parte do produto seria retirada nesse processo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.