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Semana do Professor: Revista em casa por 10,99

Adeus, papanicolau: SUS implementa teste 100% nacional para detectar HPV

Exame molecular vasculha colo do útero em busca de até 14 tipos de HPV, vírus associado a tumores no órgão

Por Maurício Brum
Atualizado em 18 ago 2025, 13h32 - Publicado em 18 ago 2025, 13h17
hpv-diagnostico
Teste de DNA-HPV consegue identificar câncer de colo de útero precocemente (Dercílio; Ilustração: Rodrigo Damati/Veja Saúde)
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Uma nova tecnologia totalmente nacional para detecção do câncer de colo do útero começou a ser implementada no Sistema Único de Saúde (SUS) na última sexta-feira (15). Trata-se de um teste capaz de identificar a presença do papilomavírus humano, o HPV, antes mesmo que ele desenvolva lesões.

O chamado teste de biologia molecular DNA-HPV é capaz de detectar 14 genótipos do vírus e busca antecipar o diagnóstico precoce de quadros de câncer do colo do útero, até mesmo em casos assintomáticos. Inicialmente, ele será disponibilizado em 12 unidades da federação.

A expectativa do Ministério da Saúde é que, com o novo exame, a probabilidade de cura para a doença aumente no país, reduzindo os casos diagnosticados tardiamente. O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de tumor mais comum entre as mulheres, e a maioria dos casos está relacionada ao HPV.

+Leia também: Teste molecular para HPV: o que é, vantagens e desvantagens

Exame busca substituir o papanicolau

Embora seja parecido do ponto de vista das pacientes, já que a coleta ainda é feita a partir da obtenção de amostras obtidas no colo do útero durante um exame ginecológico, o DNA-HPV é considerado um exame muito mais eficaz do que o papanicolau.

Na prática, o DNA-HPV é capaz de encontrar o DNA dos tipos de vírus no colo do útero. Já o papanicolau busca alterações nas células do colo do útero que podem ser ocasionadas pelo HPV.

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Além de aumentar a precisão do diagnóstico, a nova tecnologia permite que o rastreio seja feito de forma mais espaçada, reduzindo o número de procedimentos desconfortáveis feitos sem necessidade. Enquanto a indicação para repetição do papanicolau (quando não há alterações) é de uma vez a cada três anos, o exame de DNA-HPV pode ser feito uma vez a cada cinco anos.

Outra vantagem do DNA-HPV em relação ao papanicolau é a redução dos resultados inconclusivos, que exigem uma repetição do exame. A nova técnica vai permitir que o papanicolau só seja feito de forma comprobatória, quando já há uma alteração detectada no exame de DNA-HPV.

Onde está disponível a tecnologia

O novo exame, que tem tecnologia nacional e é produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (ligado à Fiocruz), está sendo implementado gradativamente em 12 unidades da federação neste primeiro momento:

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  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Goiás
  • Minas Gerais
  • Pará
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul
  • Rondônia
  • São Paulo

O teste molecular estará disponível em unidades básicas de saúde do SUS, mas é preciso se informar com o seu serviço local para saber se ele já está sendo realizado em sua região.

O público-alvo envolve todas as pessoas com útero, incluindo homens transgênero e intersexuais nascidos com sistema reprodutivo feminino, na faixa de 25 a 64 anos.

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A expectativa do governo é que, até o final de 2026, o exame esteja disponível no país inteiro.

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