Uma das doenças mais antigas do mundo, a tuberculose persiste como um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A cada ano, são registrados cerca de 80 mil casos e 5,5 mil mortes pelo agravo no país, de acordo com o Ministério da Saúde.
A infecção pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, afeta principalmente os pulmões, sendo caracterizada principalmente por uma tosse prolongada e persistente, mas não é só isso.
Conhecer os demais sintomas ajuda a reduzir o tempo até o diagnóstico adequado, evitando complicações e diminuindo o contágio de outras pessoas, especialmente familiares.
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Quais são os principais sintomas de tuberculose?
A transmissão da tuberculose acontece pelo contato com aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de alguém infectado sem tratamento. Veja as manifestações:
Tosse persistente
A doença provoca tosse persistente, seca ou com catarro, por três semanas ou mais.
Febre
O quadro febril tende a surgir principalmente à tarde.
Suor noturno
Ele pode dar às caras, mas, como está ligado a várias situações, é preciso observar o quadro geral antes de suspeitar de tuberculose.
Emagrecimento
Perda de peso brusca e sem motivo aparente, que também pode ser sinal de outras doenças.
Cansaço excessivo
Como os pulmões são afetados, a fadiga se manifesta.
Falta de apetite
Outra queixa presente em muitos problemas de saúde que deve ser sempre investigada.
Palidez
Ela é um indício de que a saúde, no geral, não vai muito bem.
Rouquidão
Como a doença causa lesões na laringe, o indivíduo pode ficar rouco.
Outros sinais pelo corpo
“Estamos falando da forma pulmonar, que gira em torno de 80 a 90% dos casos. A tuberculose pode afetar qualquer órgão do corpo, provocando sintomas compatíveis. Por exemplo, no intestino, pode levar a alterações do hábito intestinal. Na versão ocular, pode haver diminuição da acuidade visual“, explica a médica pneumologista Roberta Sales, do InCor.
Diagnóstico da tuberculose
Diante de sinais suspeitos, é recomendado buscar atendimento médico ou uma unidade de saúde próxima para avaliação.
A identificação pode ser feita a partir de um conjunto de metodologias, considerando o histórico do paciente, o relato de sintomas, testes de imagem e exames laboratoriais específicos.
“O diagnóstico é feito principalmente pelo exame de escarro, disponível em unidades básicas de saúde e hospitais da rede pública. Coleta-se uma amostra e faz-se um teste rápido molecular ou convencional, com estimativa de resultado de duas a quatro horas. Caso o indivíduo não tenha secreção, podem ser realizados exames mais invasivos”, detalha Roberta.
A identificação adequada é fundamental para o início do tratamento e para interromper a cadeia de transmissão do agravo.
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Como é o tratamento da tuberculose?
O tratamento, feito à base de medicamentos antibióticos, dura pelo menos seis meses. A terapia ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) conta com quatro remédios: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.
Nesse contexto, disciplina é a palavra-chave. No contexto da tuberculose, a cura depende da adesão ao tratamento de forma adequada, até o final.
O problema é que muitos pacientes deixam de tomar a medicação quando apresentam algum alívio dos sintomas, o que só aumenta os riscos de desenvolvimento de formas resistentes da tuberculose.
A vacina BCG, que protege a criança de formas graves da doença, é disponibilizada pelo SUS e deve ser aplicada ao nascer, ou, no máximo, até os cinco anos incompletos.
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