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Creche: será a hora certa?

Esse processo tem tudo para ser tranquilo — especialmente se os pais estiverem seguros e o ambiente for estimulante

Por Thaís Manarini
Atualizado em 6 Maio 2017, 10h02 - Publicado em 6 Maio 2017, 10h02
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  • Há alguns anos, a maior parte das crianças só conhecia o ambiente escolar no maternal ou até mesmo na pré-escola, o jardim de infância. Hoje, porém, é comum ver bebês de 6 meses a caminho da creche – tem pequeno que, aos 2 anos, já é um verdadeiro veterano na escolinha. Só que, apesar de necessária em muitas famílias, a entrada precoce nessas instituições deixa os adultos com o coração apertado e a cabeça cheia de caraminholas. “É natural a criança estranhar e chorar. Mas ela acaba entendendo que depois encontrará os pais novamente”, tranquiliza o pediatra Alberto Helito, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo.

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    A psicóloga Graça Maria Ramos de Oliveira, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), lembra que esse choro tende a cessar rápido – basta a criança deparar com um espaço acolhedor. Para que o pai e a mãe fiquem mais confiantes nesse momento, muitas instituições até permitem que eles acompanhem o início das aulas. “Mas o ideal é que observem os filhos de longe”, ensina o pediatra Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena, na capital paulista. Assim, não transmitem sua ansiedade ao filho.

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    Nessa fase, as faltas não interferem na adaptação do pequeno. Inclusive, para os bebês, tanto faz ir à creche ou receber estímulos dos pais em casa. Portanto, se houver a possibilidade de escolher, não há ponto negativo em mantê-lo no próprio lar. “Dificilmente a criança com menos de 2 anos terá prejuízo social se não for à creche“, esclarece Helito. “Agora, após essa idade ela precisa aprender sobre limites. E aí é fundamental estar em um ambiente escolar”, defende.

    A despeito da idade do pequeno, alguns fatores são essenciais ao escolher a escolinha. Preste atenção, por exemplo, na quantidade de profissionais por aluno. Para Adriane Bacellar Duarte de Lima, também do Instituto de Psiquiatria da USP, essas pessoas precisam conhecer bem o que é esperado para cada faixa etária em termos de desenvolvimento. Sua colega Graça completa: “Para os mais novos, a escola deve ser interessante e divertida”. Isso garante não só a tranquilidade na chegada como a vontade de voltar no dia seguinte.

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    Talvez até eles fiquem mais doentinhos, o que gera certa culpa nos pais. “Mas a maioria das infecções é benigna e tem duração curta”, assegura Helito. “Aos 6 meses, a criança já tem proteção para doenças mais sérias”, completa. Ela só é mais suscetível àquelas contra as quais ainda não foi vacinada – daí a importância de manter a caderneta atualizada.

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    Já os problemas de fundo emocional, causados por uma dificuldade de adaptação, são raros. Nesse quesito, a preocupação não tem a ver com o período em que a criança fica fora. Para o pediatra, o que importa pra valer é a qualidade do tempo passado em casa, junto aos pais. Afinal, é nessa hora que a família cria os vínculos que ajudam a criança a encarar numa boa não só a entrada na creche como os outros desafios da vida.

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    Identifique uma creche bacana

    Algumas características são cruciais ao espaço que recebe os pequeninos

    Salas

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    Elas devem ser claras, limpas e ventiladas. As tomadas precisam permanecer tampadas.

    Funcionários

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    É essencial que sejam conhecedores das etapas de desenvolvimento da criança de acordo com sua idade.

    Móveis e afins

    Quinas de mesas e qualquer objeto com ponta necessitam de proteção. Se houver piscina, tem que ficar coberta.

    Materiais

    É desejável que haja diversidade em termos de tamanhos, cores, texturas, sons e graus de dificuldade motora.

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