A combinação de tempo seco, queimadas e poluição tem diminuído consideravelmente a qualidade do ar em diversas cidades brasileiras. O índice é calculado pelo nível de concentração de poluentes atmosféricos.
Os impactos do ar insalubre vão desde o aumento de infecções respiratórias à descompensação de quadros de doenças crônicas, como asma, bronquite e doenças cardiovasculares.
No Brasil, a situação é avaliada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima através da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar. Os padrões são estabelecidos por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
No entanto, o monitoramento é insuficiente, o que torna difícil estimar a situação real em algumas localidades. Um estudo publicado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), aponta que são necessárias, no mínimo, mais 46 estações automáticas para ampliar a vigilância.
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Em municípios de São Paulo, o acompanhamento é realizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que disponibiliza os dados para consulta online. Os indicadores são disponibilizados em mapas, por horário, em resumo da última hora e boletins diários.
A gestão da qualidade do ar no estado do Rio de Janeiro é feita pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a partir da observação das concentrações de poluentes na atmosfera e de três programas de controle da poluição. Os dados das estações também estão disponíveis para consulta.
Para saber como está a qualidade do ar na sua região, uma alternativa é verificar o site da companhia suíça IQAir. No entanto, vale destacar que a empresa fornece dados apenas de grandes cidades pelo mundo.
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Qual nível de qualidade do ar é preocupante?
Um dos parâmetros para determinar como anda a situação é o Índice de Qualidade do Ar (AQI, em inglês) desenhado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
O indicador vai de 0 a 500, sendo que quanto maior o valor do AQI, maior o nível de poluição do ar e também os riscos para a saúde. Em geral, números abaixo de 100 são geralmente considerados satisfatórios. Acima disso, começam as encrencas. Primeiro para pessoas mais vulneráveis, e depois para todos.
O parâmetro é dividido em seis categorias, que correspondem a um nível diferente de preocupação com a vida. Elas são classificadas em cores:
• Verde (0 a 50) | Nível bom: A qualidade do ar é satisfatória e a poluição do ar representa pouco ou nenhum risco.
• Amarelo (51 a 100) | Nível moderado: A qualidade do ar é aceitável. No entanto, pode haver um risco para algumas pessoas, particularmente aquelas que são excepcionalmente sensíveis à poluição do ar.
• Laranja (101 a 150) | Nível insalubre para grupos sensíveis: Pessoas de grupos sensíveis podem sofrer efeitos na saúde. O público em geral tem menos probabilidade de ser afetado.
• Vermelho (151 a 200) | Nível insalubre: Algumas pessoas do público em geral podem sofrer efeitos na saúde. Aquelas de grupos sensíveis podem sofrer impactos mais sérios.
• Roxo (201 a 300) | Nível muito insalubre: Alerta de saúde: o risco de danos aumenta para todos.
• Púrpura (acima de 301) | Nível perigoso: Alerta sobre condições de emergência: todos têm maior probabilidade de serem afetados.
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