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O Fim das Dietas

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Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como "O Fim das Dietas", ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas
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Dieta não tem chave de liga-e-desliga

Decisões abruptas e projetos de perda de peso com prazo de validade invariavelmente levam ao fracasso. É necessário rever sua relação com o corpo e a comida

Por Antonio Lancha Jr
Atualizado em 5 jul 2022, 10h09 - Publicado em 3 jul 2022, 10h21
Foto de garfo amarrado por fita métrica.
A busca por uma alimentação saudável deve contemplar medidas duradouras. (Foto: Diana Polekhina/Unsplash/Divulgação)
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No livro O Fim das Dietas (compre clicando aqui), eu descrevo detalhadamente o porquê de as dietas não funcionarem. E um ponto que gostaria de explorar com você agora é o momento em que decidimos entrar em uma dieta – e o momento em que invariavelmente a abandonamos.

O primeiro ponto se refere ao ingresso. Normalmente decidimos por fazer dieta quando algo nos empurra fortemente para esse desafio. Casamentos, festas e medos das mais variadas origens sinalizam com: “Agora vou fazer dieta e emagrecer de vez”. Essa decisão corajosa elege, via de regra, comportamentos binários do tipo: vou cortar isso ou aquilo.

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Obviamente que esses cortes resultam em um “sucesso” durante sua vigência. Mas o fato é que eles não atuam na essência da questão. E, além disso, foram eleitos, na maioria das vezes, por preceitos populares e pouco fundamentados em modelos científicos. “Vou cortar o leite, porque a lactose inflama e engorda!”. Balela.

Ao perder alguns quilos, celebramos a conquista e, como se não houvesse amanhã, come(moraremos) daquela vez como se fosse a última. Invariavelmente não retornaremos à dieta, pois afinal já alcançamos nosso objetivo.

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E é aí, ao final da dieta, que aceleraremos rumo ao ponto de partida dessa nossa conversa. Com o passar do tempo, lá estamos nós outra vez fora da forma desejada.

Isso acontece porque gostamos de atalhos ao invés de trilharmos o árduo caminho do reconhecimento das indulgências que justificamos com aquele famoso “Eu mereço”.

+Leia também: Manter-se magro é mais relevante que emagrecer

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Enquanto a recompensa por todos os seus desafios, esforços e cansaços vier revestida de calorias, saiba que o caminho do emagrecimento estará, dia após dia, mais distante. Também não adianta ligar a chavinha do “vou cortar” do nada, porque uma hora o curto-circuito vem, a chave cai e você fica na escuridão.

Quer emagrecer? Não corte, reduza. Não responsabilize o alimento, seja responsável. Não faça dieta, mude sua relação com a comida. Esses passos são sustentáveis, e não sacrifícios temporários.

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