Falo com frequência e não posso deixar de repetir: o diabetes é uma doença crônica, que afeta milhões de brasileiros. São recém-nascidos, crianças, adolescentes, trabalhadores, pais de família, idosos… Ele não escolhe classe social, partido político ou time de futebol.
Sonhos, famílias e projetos de vida podem ser quebrados por causa das complicações da doença não controlada. Elas incluem infarto, cegueira, amputação, falência renal.
Não é por menos que queremos a cura. E como queremos! Mas…
Enquanto a cura não chega, podemos tomar os remédios prescritos pelo médico corretamente.
Enquanto a cura não chega, podemos nos levantar do sofá e largar o celular para fazer exercícios. Exercícios várias vezes por semana, diga-se.
Enquanto a cura não chega, podemos medir a glicose na ponta dos dedos quantas vezes for necessário para monitorar o açúcar no sangue.
Enquanto a cura não chega, podemos abrir mão do “comer com olhos” para “comer com o cérebro”.
Ah, se houvesse a cura… Se pudesse comer tudo o que quero…. Se eu não precisasse utilizar insulina…. Se meu filho não tivesse diabetes… Tenhamos em mente que esse “se” não existe. Usar e abusar dele só nos faz não sair do lugar.
Sinceramente, não sei se a cura chegará. Mas isso não importa agora.
Temos que viver o momento. Temos que viver o hoje . A glicose alterada hoje é que vai gerar maus frutos no futuro. E o futuro pode não chegar se nós não nos cuidarmos.
Por isso, enquanto a cura não chega, vamos nos cuidar. Se não fizermos isso, quem vai fazer por nós? Como vamos gozar das novidades — ou quem sabe da própria cura — se não estivermos vivos e saudáveis?
Tudo isso só enquanto a cura não chega.
Por enquanto….