Em 2019, tivemos mais de 1 100 mortes por gripe no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Historicamente, o diabetes é considerado um fator de risco para as formas mais graves da doença e infelizmente contribui para essas estatísticas de mortalidade.
As elevações crônicas de glicose no sangue fazem com que o sistema imunológico seja menos competente no combate a micro-organismos, tornando a pessoa com diabetes mais suscetível a infecções de forma geral.
Em 2020, a campanha de vacinação contra a gripe para pessoas com doenças crônicas (incluindo o diabetes) começa no dia 16 de abril. A rede pública fornece gratuitamente a vacina trivalente, que oferece proteção contra os três tipos de vírus que mais circularam no Hemisfério Sul: o influenza A H1N1, o influenza A H3N2 e o influenza B (linhagem Victoria).
As clínicas particulares, por sua vez, possuem a versão tetravalente da vacina que, além das três cepas virais citadas, também previne a infecção por influenza tipo B (linhagem Yamagata).
Mas se engana quem pensa que pessoas com diabetes precisam apenas se imunizar contra a gripe.
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, quem tem a condição deve aderir ao calendário de vacinação usual a todo cidadão brasileiro e não deixar de tomar as vacinas abaixo:
• Pneumocócica
• Hepatite B
• Varicela
• Herpes-zóster
O Sistema Único de Saúde (SUS) possui em seu sistema informatizado o histórico de vacinas que cada cidadão recebeu recentemente e isso pode ser acessado nas unidades de saúde ou via aplicativo de celular, o chamado Meu DigiSUS.
O ponto é que vacinas tomadas há mais tempo não ficam registradas. Por isso, é fundamental que todas as pessoas com diabetes tenham seu cartão vacinal em mãos durante suas consultas para discutir com seu médico individualmente.
Vamos aproveitar a campanha da gripe para verificar se há necessidade de receber outras vacinas. Afinal, elas são um dos maiores bens alcançados pela humanidade.