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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Chega ao Brasil um remédio de ação semanal contra o diabetes

Nosso colunista aborda o lançamento de uma nova medicação para tratar a doença por aqui. Entenda seus diferenciais

Por Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 2 dez 2019, 10h42 - Publicado em 3 Maio 2019, 12h22

Um dos maiores dilemas no tratamento do diabetes tipo 2 ainda é conseguir controlar a glicose no sangue. Essa é a função básica de qualquer plano terapêutico e, claro, dos medicamentos lançados com essa finalidade. Mas, no século 21, temos outros objetivos desafiadores que acompanham esse primeiro. Se pudéssemos congregar todos eles numa frase só, daria pra dizer que a grande missão é domar a glicose e, ao mesmo tempo, reduzir o peso, oferecer baixíssimo risco de hipoglicemia e ainda oferecer segurança do ponto de vista cardiovascular.

E se todas essas vantagens pudessem ser oferecidas por meio de um único remédio? Pois é com essa meta que chega ao Brasil um novo tratamento para o diabetes tipo 2, o medicamento semaglutida.

Outro atrativo para o paciente é a frequência de aplicação: semanalmente. A ideia, claro, é facilitar a adesão e o uso correto no dia a dia. Mas há um detalhe importante em sua forma de administração: trata-se de uma medicação injetável. Ela é aplicada via subcutânea por uma caneta, num processo semelhante ao da insulina.

Obviamente, a indicação do medicamento (assim como qualquer outro) deve ser feita somente após consulta com o médico. Os efeitos adversos não são comuns, mas o que mais se destaca são as náuseas. Por isso, a dose da semaglutida deve ser aumentada gradualmente até se atingir o ideal para cada paciente. Na prática, parece que o fato de se apresentar náusea faz com que o paciente perca ainda mais peso.

Ainda que o fármaco seja de aplicação semanal, o desafio é manter seu uso continuamente — recado que vale para qualquer medicamento contra o diabetes. E o ponto é que, por ser injetável, sabemos que pacientes tendem a abandonar o tratamento prematuramente. O abandono da terapia, não custa lembrar, eleva os valores da glicose no sangue e piora o controle do diabetes, aumentando o risco de sequelas a longo prazo.

É preciso ressaltar que a semaglutida não se destina puramente à perda de peso. Ela é, sim, uma arma para tratar o diabetes tipo 2 e que possui um bônus de promover o emagrecimento. Outros estudos estão em andamento para avaliar segurança e eficácia do medicamento para o tratamento da obesidade no futuro.

Em suma, a chegada desse remédio enriquece nosso arsenal de opções contra o diabetes tipo 2, o que deve melhorar ainda mais o controle da condição e a qualidade de vida dos pacientes. Só vale recordar que medicações não operam milagres. Mesmo as mais modernas não nos eximem de fazer nossa parte, isto é, cuidar da saúde, se alimentar direito, fazer atividade física…

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