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Dengue: prevenção e proteção são as palavras-chave

Crianças são especialmente suscetíveis a essa doença. O que saber sobre vacinação, uso de repelentes e sintomas de alerta

Por Felipe Monti Lora
20 fev 2024, 11h37

De acordo o Ministério da Saúde, em janeiro de 2024 a incidência de casos de dengue no Brasil foi 3,5 vezes maior que no mesmo mês do ano passado. Com as altas temperaturas e o aumento das chuvas no verão, há a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus através de sua picada (quando ele próprio está infectado).

Há quatro tipos diferentes de vírus da dengue, por isso uma mesma pessoa pode ser infectada mais de uma vez ao longo da vida. No entanto, quem é reinfectado por outro subtipo pode ter reações mais graves, com aumento significativo do risco de morte.

A prevenção de dengue: chegada da vacina na rede pública e redução de focos

Crianças entre 10 e 11 anos são o eixo inicial da campanha nacional de imunização, e a expansão é prevista para até os 14 anos com a ampliação da oferta de vacinas. A escolha dessa faixa etária se deu pelo fato de haver mais registros de hospitalização nesse público.

Mas é importante lembrar que qualquer redução no número de pessoas infectadas protege a todos, pois também diminui o número de humanos que podem passar o vírus para os mosquitos.

O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses. Feita a partir do vírus atenuado, a vacina induz a produção de anticorpos sem causar a doença e com poucas reações adversas.

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Crianças com condições complexas, como as que possuem doenças crônicas que impactem na imunidade, devem consultar seu pediatra. Isso porque, nessa população, vacinas com vírus atenuados podem gerar quadros similares ao da doença em si.

Diante disso, é preciso pesar esse risco com o da infecção e da forma grave da doença, cujo risco é reduzido em 84% pela vacina (segundo o fabricante). E esse número pode ser ainda maior nessa população mais suscetível à hospitalização.

Além da Qdenga, disponibilizada na rede pública, o Instituto Butantan também está desenvolvendo uma opção de vacina tetravalente. Ou seja, ela contém os quatro tipos do vírus atenuados, o que é um diferencial importante (a Qdenga se baseia em um subtipo, embora ofereça proteção contra outros).

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A outra forma de prevenir é eliminar os focos de doença. Muito se fala sobre o controle da proliferação do mosquito: manter caixas d’água cobertas, vasos de plantas com areia, não deixar pneus em locais abertos, piscinas descobertas e sem tratamento.

Importantíssimo realmente! Mas devemos também lembrar que, sem o vírus, o mosquito não transmite dengue. E o ser humano é foco onde o Aedes aegypti adquire o vírus.

Assim, o uso de repelente de pele em pacientes infectados é fundamental para reduzir o aumento exponencial de casos. E seu uso contínuo deve ser feito por pelo menos uma semana a partir do início dos sintomas.

O repelente está para o portador da dengue como a máscara está para o doente de Covid-19.

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+Leia também: Quem está com dengue não pode tomar quais remédios?

A proteção: identificação e ação

Nos casos em que não foi possível evitar a dengue, identificar precocemente a doença é de suma importância. Especialmente em crianças e idosos, que têm maior facilidade em desidratar.

Quando sintomática, essa enfermidade causa febre alta, dor no corpo e articulações, dor na parte posterior dos olhos, mal-estar, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo, deixando o paciente legitimamente “dengoso”.

Uma das maiores preocupações nesse momento é afastar quadros de maior gravidade. Esses casos ocorrem mais comumente em reinfecções, por vezes na forma de sangramento (dengue hemorrágica).

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Se surge uma mancha vermelha na pele, pode ser apenas sinal da doença, ou podem ser petéquias e equimoses (sinais de sangramento interno de diferentes tamanhos).

Uma dica de especialista é esticar a pele dessa região. Se a vermelhidão desaparecer (ou diminuir bastante), deve ser apenas um sinal da doença menos preocupante.

Mas, se a mancha permanecer praticamente intacta, pode ser sangue sob a pele, o que significaria hemorragia. Aí deve-se procurar um serviço médico imediatamente.

Finalmente, vale lembrar que, em qualquer forma da dengue, boa parte do mal-estar ocorre por causa da desidratação. E manter-se melhor hidratado possível desde o início dos sintomas reduz o sofrimento e até dá mais tempo para um deslocamento até o serviço de saúde.

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Assim, especialmente em crianças, ofertar líquidos com frequência e controlar náusea e vômitos são essenciais.

Quando uma criança fica enferma, um dos primeiros sintomas é a perda de apetite. O que não quer dizer que não aceite líquidos via oral.

Já quando melhoram, um dos primeiros sinais é o retorno da fome. Os médicos antigos diziam que “a criança que come está salva”. No caso da dengue, a criança que ingere líquidos está se salvando!

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