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Vírus geneticamente modificado pode tratar o câncer mais comum no Brasil

Depois de ser utilizado com sucesso contra o melanoma, estudo mostra que o vírus da herpes também pode combater o carcinoma basocelular

Por Jade Cury e Beni Grinblat, dermatologistas*
28 abr 2025, 11h17
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Carcinomas podem ocorrer em diferentes partes do corpo, inclusive em alguns dos tipos mais comuns de câncer de pele (Bermix Studio/Unsplash)
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O carcinoma basocelular é o tumor de maior prevalência entre todos os cânceres no Brasil. Ele ocorre em áreas cronicamente expostas ao sol, como o rosto, e representa cerca de 80% dos cânceres de pele.

Apesar de menos agressivo que o melanoma e altamente curável, dependendo de sua localização, a remoção cirúrgica pode causar uma limitação funcional.

Mas uma nova terapia com um vírus oncolítico pode ser útil para diminuir esse tipo de câncer antes da cirurgia, segundo estudo recente publicado na Nature Cancer.

Embora possa causar estranheza, o Talimogene laherparepvec (T-VEC) é uma forma modificada do vírus do herpes, produzida em laboratório. A terapia é segura e indicada nos Estados Unidos para o tratamento do melanoma, o câncer de pele com pior prognóstico. Mas ainda não está disponível no Brasil.

O T-VEC entra no grupo das imunoterapias, classificadas como tratamentos neoadjuvantes: eles diminuem um tumor para que se possa, então, operá-lo e dar sequência ao tratamento.

O T-VEC é injetado na lesão com o objetivo de que atue de duas formas principais: pela destruição direta das células tumorais e pelo estímulo imunológico.

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O primeiro caso significa uma ação direta na célula tumoral, levando a sua quebra ou destruição. Mas além disso, ele também estimula outras células de defesa do organismo a ficarem ativadas e atacarem as células tumorais.

+Leia também: Tipos de câncer de pele, o tumor mais comum do mundo

No estudo da Nature, o objetivo era tratar tumores localmente avançados, aqueles mais difíceis de serem tratados de forma cirúrgica.

Como resultado, o T-VEC levou a uma redução no tamanho do carcinoma basocelular em todos os participantes, o que não apenas melhorou a remoção cirúrgica, mas também levou a uma regressão completa da doença em alguns dos pacientes.

No caso de um carcinoma basocelular na orelha, dependendo do tamanho do tumor, é necessário amputar a orelha. Nesse sentido, seria uma vantagem diminuir o tamanho do tumor, o que reduziria o tamanho da cicatriz e, dependendo da localização, a limitação funcional.

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Diagnóstico precoce faz diferença

De qualquer forma, o autoexame da pele pode ajudar a identificar o câncer em estágios iniciais.

Para o câncer de pele não melanoma, representado principalmente pelo carcinoma basocelular e pelo carcinoma espinocelular, o paciente deve se atentar a lesões avermelhadas, róseas, que estejam crescendo e sangrem fácil, feridas que não cicatrizam e casquinhas que persistem no mesmo lugar.

No melanoma, existe o critério ABCDE para identificação:

  • ‘A’ é quando a pinta fica assimétrica, não fica redondinha;
  • ‘B’ é quando as bordas ficam irregulares;
  • ‘C’ é de coloração, quando tem muitos tons diferentes, com a pinta marrom, preto, azul e até cinza, ou quando ela muda de cor;
  • ‘D’ é diâmetro, quando ela começa a crescer ou se está grande;
  • ‘E’ é a evolução, uma pinta que mudou e evoluiu.
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Além disso, é fundamental todo ano não esquecer de procurar o médico dermatologista para fazer um check-up da pele toda.

*Jade Cury é presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP), Beni Grinblat é dermatologista, membro da SBD-RESP

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