O Guia de Alimentação para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, explica que o balanço diário de água é controlado por sofisticados sensores localizados no cérebro e em diferentes partes do corpo.
Esses detectores nos fazem sentir sede e sinalizam a necessidade de consumo de líquidos sempre que a ingestão não é suficiente para repor a água que utilizamos ou eliminamos diariamente.
Estar atento aos sinais iniciais de desidratação e satisfazer imediatamente a necessidade de água é mais do que importante: é vital.
A água é fonte de hidratação e veículo de transporte de elementos imprescindíveis pelo sangue, como sais minerais, outros nutrientes e oxigênio. Ela ajuda na distribuição deles para as células de todo o corpo, além de auxiliar na regularização da temperatura corporal, no funcionamento dos órgãos e na eliminação de toxinas por meio do suor e da urina.
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Apesar de os seres humanos conseguirem sobreviver por algumas semanas sem comida, é impossível viver sem água por alguns dias. Afinal, ela representa a maior parte do peso corporal, podendo variar de 50 a 75% desse total – o percentual está intimamente ligado à idade e ao sexo dos indivíduos.
Nos dias quentes a atenção deve ser redobrada, já que o organismo tende a encarar um aumento de temperatura em pouco tempo – e é justamente por meio da hidratação que o corpo procura regular essa elevação do calor.
O que conta como água?
A preferência é sempre consumir a água pura e as chamadas saborizadas ou aromatizadas. As receitas para esses preparos incluem canela, gengibre, manjericão, tomilho, cravo, limão, hortelã e alecrim. Vale destacar que esses três últimos ingredientes são ótimos recursos naturais para a limpeza e preservação da pele, digestão e atividade renal.
Já bebidas doces (como refrigerantes, suco industrializados, entre outros) trazem quantidades elevadas de conservantes e açúcares artificiais que, em excesso, podem inibir a absorção de outros nutrientes, além de propiciar diversos malefícios. Ou seja, não é porque são líquidos saborosos que vão atuar na hidratação – muito pelo contrário.
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É recomendável a ingestão de água, inclusive, até para quem está sem sede, porque esse sinal já representa um indício que o organismo está no limite e de que as coisas não vão bem.
Outros sintomas, como boca seca e urina amarela e com odor forte, também podem ser indicativos de que há desidratação no organismo e uma necessidade de reposição em quantidades maiores. Nessas situações, o soro caseiro ou a água de coco também são alternativas.
Mas e quanto beber? Bem, isso é relativo. Não recomendo que se beba dois ou três litros de água, mas sim que a ingestão seja um movimento natural das pessoas – e não apenas nos períodos quentes. Beber água precisa ser um hábito diário e nas diferentes fases da vida, da infância à maturidade.
*Luciana Neves é coordenadora da área de nutrição dos hospitais Samaritano Barra e Vitória, do complexo Americas Medical City, no Rio de Janeiro.