Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Quando a saúde mental passa a ser um problema para a educação

Transtornos psiquiátricos e mesmo os efeitos da pandemia no bem-estar mental estão dificultando o aprendizado de crianças e adolescentes

Por Silvia M. Gasparian Colello, educadora*
6 jul 2022, 12h04
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A pandemia de Covid-19 começa a dar trégua à sociedade, mas os problemas gerados no âmbito da educação estão longe de serem resolvidos. Como se não bastassem o elevado índice de evasão escolar, a ampliação do abismo entre os sistemas público e privado de ensino e a defasagem das aprendizagens previstas, o setor enfrenta o comprometimento da saúde mental das comunidades escolares.

    Obviamente, esse transtorno é reflexo de um mal sanitário mais amplo, que afetou toda a sociedade nos planos econômico, político, social e humanitário. No entanto, ele tem uma conotação particularmente grave na escola, porque afeta a formação de jovens. Ele compromete não só os processos de ensino e aprendizagem, como também a convivência social indispensável ao processo educativo.  

    A própria mensuração do problema é difícil e corre o risco de ser subestimada em face da pluralidade de sintomas de depressão e de ansiedade que, com diferentes ênfases e graus de evidência, afloram no cotidiano da escola: distúrbios de sono, falta de ar, apatia, esgotamento, irritabilidade, dificuldade de concentração, disfunções alimentares, transgressão de limites e fragilidade de competências socioemocionais integram a lista.

    Compartilhe essa matéria via:

    Na perspectiva dos estudantes, a baixa autoestima e o declínio da autoconfiança parecem comprometer o foco, a determinação para estudar e a efetividade de organização. 

    Continua após a publicidade

    Os professores, por sua vez, se veem pressionados. De um lado, a urgência de retomar a aprendizagem, recuperar as perdas do ensino a distância e demonstrar resultados. Do outro, a constatação de difíceis condições de trabalho, marcadas principalmente pela perda de vínculo dos estudantes com a escola e até por ocorrências de intolerância, indisciplina, agressividade e violência. Some-se a isso a permanência dos riscos sanitários, ainda eminentes, que condicionam a descontinuidade do trabalho escolar. 

    +Leia também: Dermatite atópica piora rendimento escolar de crianças, segundo estudo

    Para reverter esse cenário, antes de tudo é preciso ressignificar a escola e, particularmente, a sala de aula. Mais que espaços de aprendizagem, elas merecem – principalmente nesse momento – se constituir como ambientes de socialização, afetividade e amadurecimento de competências psicossociais. 

    Continua após a publicidade

    Em segundo lugar, devemos traçar planos objetivos de intervenção e projetos significativos de trabalho com base no mapeamento das dificuldades de cada instituição. Cada caso é um caso, e impossível instituir receitas genéricas. 

    Mesmo assim, algumas diretrizes merecem destaque: 

    Continua após a publicidade

    Isso tudo sem desconsiderar a necessidade de atenção do poder público à saúde mental dos estudantes. Se a escola é um espaço de problema, ela pode ser também um de superação.

    *Silvia Gasparian Colello é educadora, pesquisadora na área de Psicologia da Educação, professora Sênior do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação da USP e autora dos livros A escola que não ensina a escrever e Alfabetização – O quê, por quê e como (Summus Editorial – clique para comprar).

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.