Perder um ou mais dentes pode ser muito traumático para algumas pessoas, pois afeta diretamente a aparência, causando constrangimentos ao falar e sorrir. Mas o problema da ausência dentária vai muito além da estética — impacta a saúde sob vários aspectos.
Pacientes com perdas dentárias totais ou até mesmo parciais têm dificuldades na mastigação, fala e socialização, inclusive no desenvolvimento de relacionamentos por conta do abalo na autoestima.
O problema tem diversas causas, como quebras (fraturas), extrações (como no caso de dentes sem possibilidade de serem recuperados ou mantidos), doença periodontal, etc. A ausência pode acarretar diversas consequências no dia a dia, como:
Machucados na gengiva
A falta de um dente deixa a gengiva desprotegida, podendo gerar lesões na região.
Dor
A queixa de dor no maxilar é muito comum entre os indivíduos com ausência dentária. O desequilíbrio na arcada dentária pode desencadear traumas, desgastes e inclusive influenciar em dores nos músculos da face e articulação da mandíbula (ATM).
Perda óssea
Quando o dente não está presente, os tecidos que dão suporte a ele, osso e gengiva, perdem sua função e como consequência ocorre o processo chamado de reabsorção.
A diminuição da disponibilidade óssea pode dificultar a colocação de implantes e restabelecimento da função e estética.
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Movimentação dos outros dentes
O desalinhamento do sorriso também é muito comum quando há um ou mais “buracos”. Isso ocorre por conta de uma movimentação natural dos dentes remanescentes com o objetivo de preencher essas lacunas e restabelecer o contato pré-existente.
Mastigação prejudicada
Com a falta dos dentes há uma diminuição da eficiência mastigatória; os alimentos não são corretamente quebrados mecanicamente em uma textura mais fina, dificultando o processo de digestão desse alimento.
Resolver essa questão o quanto antes é algo necessário para o equilíbrio da saúde como um todo. Para isso, se realiza um tratamento com próteses dentárias e isso pode ocorrer em diferentes fases da vida. Muitas pessoas acreditam que implantes dentários são apenas para idosos, mas eles podem ser realizados a partir dos 18 anos, quando a dentição e desenvolvimento ósseo estão completos e o paciente tem maturidade para passar pelo procedimento cirúrgico.
Se é uma perda precoce ou congênita, a criança ou jovem vai precisar aguardar este período de crescimento. No entanto, o dentista usa técnicas para preservar aquele espaço, possibilitando assim que no futuro ele faça o implante, mas também resolvendo imediatamente o incômodo estético causado pela falha com técnicas restauradoras e aparelhos protéticos.
Antes de tudo, é fundamental passar por uma avaliação clínica com um especialista na área, que também solicita exames de imagem como radiografias e tomografia computadorizada.
Com a evolução da odontologia, não somente na questão material e tecnológica, mas no tratamento mais humanizado, é possível encontrar opções que atendam às diferentes necessidades e que englobam estética, função e longevidade.
* Fernanda Oliani, dentista e consultora técnica da Oral Sin