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Por que o zinco virou o elemento da vez

Procura por suplementos com o mineral aumentou com a pandemia do coronavírus. Médico explica seu papel na imunidade e as principais formas de obtê-lo

Por Luís Carlos Sakamoto, ginecologista*
27 Maio 2021, 10h35
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  • Tempos atrás, quando se falava em vitaminas e minerais, pensava-se imediatamente em suplementação infantil. Essa percepção nos dias atuais mudou e as evidências científicas mostraram que os suplementos, quando bem indicados, não são um assunto apenas para crianças em desenvolvimento.

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    Quem consegue garantir, com total e absoluta certeza, uma vida com sono regular todos os dias, sem estresse, preocupações e episódios de ansiedade, com refeições balanceadas e altamente ricas em vitaminas e minerais (feitas em horários corretos e sem pressa), com atividades físicas regulares e ao menos 15 minutos de banhos de sol? A verdade é que, com a correria da vida urbana, a maioria da população mundial não tem conseguido unir todos os elementos necessários para uma vida totalmente saudável e, como já se sabe, isso faz total diferença nas deficiências do organismo.

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    Com o aparecimento da Covid-19, as pessoas entenderam, mais do que nunca, a importância de adotar alguns hábitos mais regrados, visto que alguns fatores de risco associados ao estilo de vida facilitam quadros graves da doença. Obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares, pulmonares e renais são apenas alguns deles. Assim, a busca por fortalecer o sistema imunológico cresceu significativamente.

    É nesse cenário que se passou a falar mais do zinco, a ponto de ele virar o elemento da vez. E, sim, esse é um dos minerais mais necessários para o organismo. A procura por suplementos com zinco e outras substâncias bem-vindas se expandiu com a pandemia. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) houve um aumento de 48% na ingestão de multivitamínicos e afins nos lares de diversas cidades brasileiras.

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    O mesmo estudo, realizado em maio de 2020, revelou que 63% das pessoas entrevistadas justificaram o consumo para melhorar a imunidade. Posteriormente, uma análise mais específica mostrou que 70% daquelas que aumentaram a ingestão desses produtos desejam manter o hábito após a pandemia.

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    O zinco participa de mais de cem reações enzimáticas do organismo, estando envolvido em processos fisiológicos do crescimento e do desenvolvimento, na capacidade cognitiva e principalmente no combate aos radicais livres, moléculas que se formam naturalmente e que, com o tempo, podem prejudicar órgãos e tecidos. Os radicais livres estão por trás do estresse oxidativo, um estado que, se não for equilibrado pela presença de antioxidantes (caso do zinco), está associado a mais de 200 doenças diferentes.

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    Sabemos que pessoas com diabetes, por exemplo, podem apresentar um grau aumentado de estresse oxidativo, o que reforçaria a necessidade de garantir uma proteção antioxidante com a alimentação e, se for o caso, a suplementação, incluindo o zinco e outros micronutrientes.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a deficiência de zinco no corpo humano acomete um terço da população pelo planeta e provoca falta de apetite, enfraquecimento de unhas e cabelos, dificuldade de cicatrização, baixa imunidade e maior propensão a infecções. O mineral atua como um mediador para manter a resposta imune em dia contra micro-organismos.

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    Por não ser produzido pelo próprio corpo, precisamos obtê-lo pela alimentação e, se o profissional de saúde julgar adequado, complementar via suplementação. O zinco pode ser encontrado em fontes animais e vegetais, tais como amendoim, amêndoa, camarão, carne vermelha, castanhas, chocolate amargo, feijão, grão-de-bico, ostras, sementes de abóbora, noz-pecã, ovos, cogumelo shitake, gergelim, lentilha, entre outros.

    A recomendação de ingestão diária varia de acordo com a fase da vida, mas, em termos gerais, o nível de zinco no sangue deve ficar entre 70 a 130 mcg/dL. No entanto, para quem possui determinadas restrições alimentares ou não consegue manter uma dieta rica em zinco, o ideal é recorrer a suplementos existentes no mercado, que entreguem dosagens de 30 mg de zinco.

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    Vale lembrar que, embora o zinco seja fundamental para a defesa imunológica, não existem evidências científicas que comprovem uma proteção direta contra o coronavírus. Sua reposição deve ser feita com avaliação e prescrição médica, após exames específicos e podendo ser ajustada com o profissional de acordo com as necessidades do paciente.

    * Luís Carlos Sakamoto é médico-assistente do Centro de Referência da Saúde da Mulher – Hospital Pérola Byington, em São Paulo, membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da FEBRASGO e professor de ginecologia da Faculdade de Medicina do Centro Universitário das Américas

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