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Por que a Covid-19 também é perigosa para crianças e adolescentes

Um dos efeitos mais tristes e chocantes da pandemia de coronavírus e do isolamento é o aumento da violência e do abuso infantil. Precisamos enfrentá-lo!

Por Roberta Rivellino, presidente da Childhood Brasil*
Atualizado em 18 Maio 2020, 16h30 - Publicado em 18 Maio 2020, 09h43
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  • A pandemia do novo coronavírus mudou a forma como vivemos em todo o mundo. Um grupo em particular requer atenção especial dos adultos: as crianças e os adolescentes. Além do risco de contrair o vírus, com o isolamento social eles podem ficar mais expostos a situações de vulnerabilidade.

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    Segundo a Unesco, o fechamento de escolas impactou a vida de 1,3 bilhão de alunos em 186 países.

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    No Brasil, essa interrupção na vida cotidiana fez com que crianças e adolescentes perdessem o contato com adultos protetores. Infelizmente, a suposta segurança do lar não é garantia de proteção. Muitas crianças estão expostas ao aumento de tensões nas relações familiares em virtude, por exemplo, da crise econômica, do estresse e de um maior consumo de bebidas alcoólicas.

    Dados do Disque 100, canal de denúncia do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, já revelam aumento da violência doméstica durante o período de isolamento social. Além disso, o uso em larga escala das plataformas digitais e a ampliação do tempo online também podem deixar crianças e adolescentes mais expostos a violações, como o aliciamento (contato através de meios digitais para fins sexuais), acesso a pornografia, cyberbullying, entre outros.

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    É fundamental que os adultos mostrem que estão presentes, conduzam conversas sem pré-julgamentos e orientem crianças e adolescentes sobre situações de risco e de proteção. O mesmo ocorre para o mundo digital: acompanhar o que meninos e meninas sob sua responsabilidade fazem online é uma estratégia de prevenção. É importante alertá-los que o que acontece no mundo real também pode acontecer no virtual e vice versa.

    Falar sobre violência sexual ainda é um tabu na sociedade. Por isso, lançamos uma campanha de mobilização para o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente e estamos apoiando outras ações de comunicação para dar ainda mais visibilidade para esse tema urgente.

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    campanha covid e violência em criança
    Logo da campanha da Childhood Brasil contra violência e abuso infantil durante a quarentena (Foto: Childhood Brasil/SAÚDE é Vital)

    Dados pré-pandemia identificaram que, a cada hora, pelo menos quatro crianças ou adolescentes são vítimas de violência sexual no Brasil. Número que choca e que ainda esconde o fato de que somente um em cada dez casos chega a ser reportado.

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    Além da prevenção e da educação, entre outras medidas protetivas, a sociedade só conseguirá combater essa violação de direitos humanos se estiver atenta ao problema.

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    Somente juntos poderemos acabar com esta que é uma das piores violações de direitos humanos de nossas crianças e garantir a construção de uma sociedade melhor. Por isso, se você suspeitar que uma criança ou adolescente está sendo vítima de violências, denuncie. Disque 100.

    * Roberta Rivellino é presidente da Childhood Brasil

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