Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine a partir de 9,90
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Como a poluição sonora urbana pode atrasar a fala das crianças

Pesquisas indicam que o excesso de ruído nas cidades pode comprometer o desenvolvimento da linguagem infantil

Por Angelika dos Santos Scheifer, fonoaudióloga*
Atualizado em 22 out 2025, 15h10 - Publicado em 22 out 2025, 15h09
poluicao-sonora
Poluição sonora faz mal à saúde em diferentes esferas (We Are/Getty Images)
Continua após publicidade

As grandes cidades brasileiras enfrentam um problema crônico: a poluição sonora. O barulho constante do trânsito, obras e até aparelhos eletrônicos não afeta apenas o bem-estar dos adultos, mas também pode ter impacto direto no desenvolvimento da fala das crianças.

Estudos recentes mostram que o excesso de ruídos no ambiente cotidiano compromete a percepção auditiva, essencial para a aquisição da linguagem nos primeiros anos de vida.

+Leia também: Poluição sonora: um problema do barulho (e de saúde pública)

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que mais de 40% da população mundial está exposta a níveis de ruído acima do considerado seguro para a saúde.

No caso das crianças, isso representa um risco adicional, já que a fase entre 0 e 5 anos é marcada pela intensa maturação neurológica da linguagem.

Pesquisadores demonstraram, em estudo publicado em 2022 no Journal of Speech, Language, and Hearing Research, que crianças expostas a ambientes constantemente ruidosos apresentam maior dificuldade de discriminar sons da fala, o que pode se traduzir em atraso de comunicação e vocabulário mais limitado.

Continua após a publicidade

A poluição sonora também está relacionada a déficits de atenção e distúrbios do sono, fatores que potencializam o atraso de fala. Um estudo publicado em 2021 pela Pediatrics apontou que a combinação de ruído excessivo e privação de sono afeta negativamente a memória de trabalho, essencial para a aprendizagem da linguagem.

Apesar dessas evidências, pouco se discute sobre a necessidade de ambientes mais silenciosos em creches, escolas e residências localizadas em áreas urbanas. Muitas vezes, pais e profissionais de saúde atribuem o atraso de fala apenas a questões neurológicas ou ao uso excessivo de telas, sem considerar a influência ambiental do ruído.

Medidas simples para reduzir o ruído e estimular a fala

Medidas simples, como:

Continua após a publicidade
  • Utilizar barreiras acústicas em escolas;
  • Reduzir estímulos sonoros em casa;
  • Criar momentos de comunicação em ambientes mais calmos.

Podem fazer diferença no desenvolvimento infantil. A conscientização sobre a poluição sonora como fator de risco para o atraso de fala precisa avançar tanto entre profissionais quanto na esfera das políticas públicas.

Angelika dos Santos Scheifer é fonoaudióloga, pós-graduada em Avaliação e Reabilitação em Motricidade Orofacial e Distúrbios de Fala e Linguagem, com formação avançada em PECS e laserterapia para clínica fonoaudiológica e aprimoração em ação fonoaudiológica no TEA.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Sua saúde merece prioridade!
Com a Veja Saúde Digital , você tem acesso imediato a pesquisas, dicas práticas, prevenção e novidades da medicina — direto no celular, tablet ou computador.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.