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Pessoas em tratamento contra o câncer podem (e devem) ter animais

Com cuidados simples, dá para conviver e aproveitar a companhia de pets como cães e gatos. Alguns bichos, porém, precisam ser evitados nessa fase

Por Regina Chamon, hematologista*
24 ago 2020, 09h36
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  • Quem tem sabe. Além de fazer companhia e trazer alegria para a casa, animais de estimação oferecem um importante suporte psicológico quando passamos por momentos difíceis ao longo da vida. E não é de hoje que são chamados para melhorar nossa qualidade de vida. O caso mais emblemático é o do cão-guia, que auxilia pessoas com deficiência visual. Mas cachorros, gatos e cavalos também aparecem em diversos centros de saúde para ajudar no tratamento ou na reabilitação de doenças físicas e psicológicas.

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    Em tempos de pandemia, pode ser ainda mais difícil aguentar sozinho um tratamento. É aí que os pets podem se tornar grandes aliados. Para pacientes em tratamento contra o câncer, conviver com eles não é só seguro como altamente recomendável. Basta ter alguns cuidados simples na rotina.

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    Os animais de estimação são parceiros nos momentos de isolamento social e aflição e ajudam a minimizar sentimentos de solidão e o risco de depressão. Ter um cão ou gato em casa faz com que a gente invista tempo cuidando dele, o que mantém a cabeça ocupada e mais blindada diante do fluxo de informações alarmantes que circulam por aí.

    Alguns cuidados são fundamentais tanto para o dono como para o pet. Em primeiro lugar, devemos levá-lo ao veterinário de tempos em tempos para checar se está tudo ok com a saúde dele. Depois, temos de mantê-lo sempre limpo, com unhas aparadas e a vacinação e a vermifugação em dia.

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    Os pacientes devem evitar lambidas em áreas próximas a feridas, machucados ou a algum cateter ou outro dispositivo usado no tratamento. Melhor não receber lambidas na região do rosto nessa fase também. Outro cuidado é com eventuais mordidas ou arranhões, que podem gerar lesões capazes de expor a pessoa a maior risco de infecção. Isso é particularmente crítico para os pacientes com a imunidade alterada devido a tratamentos como quimioterapia.

    Se isso acontecer, lave bem a área afetada com água e sabão e fique de olho em qualquer sinal de infecção, como vermelhidão, aumento da temperatura no local ou sinais de pus.

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    Ao cuidar da higiene do seu bichinho, utilize luvas para evitar contato com urina e fezes e lave bem as mãos assim que terminar a limpeza. Se alguém puder desempenhar essas tarefas em seu lugar, ainda melhor. Além disso, os pacientes submetidos a transplante de medula óssea devem ter cuidado redobrado devido à imunidade fragilizada após o procedimento. Pensando nas crianças em tratamento, o ideal é ter sempre a supervisão de um adulto por perto durante o contato com os pets.

    Alguns animais oferecem, sem querer, um maior risco de infecção e deveriam ser evitados nesse período. São eles: répteis (cobras, iguanas, tartarugas…), roedores (hamster, porquinho-da-índia…) e aves como galinha e pato. Isso porque, com maior frequência, eles podem transmitir um tipo de bactéria chamada salmonela, capaz de provocar infecções graves em pessoas com o sistema imune comprometido.

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    É prudente não ter contato, nessa fase, com animais exóticos, como macacos e chinchilas, devido ao maior risco de mordidas, arranhões e infecções. Não é recomendado trazer esses e outros animais para a casa pelo menos ao longo do tratamento.

    Fora dessas situações, e respeitados os cuidados, não há o que temer. Pelo contrário, só a ganhar. Pesquisas mostram que o contato com os animais faz nosso corpo liberar hormônios como a endorfina (considerada um analgésico natural) e a serotonina (ligada ao bom humor) e baixar as taxas de cortisol (relacionado ao estresse).

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    Quem não quer se sentir melhor e ainda receber um afago peludo todos os dias?

    * Regina Chamon é hematologista e especialista em medicina integrativa do Grupo Oncoclínicas, em São Paulo

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