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Pegar no sono rápido não é sinal de dormir bem

Quadros como a apneia do sono não dificultam o adormecer - mas ainda assim sabotam a qualidade das horas dormidas

Por Bruno Borges de Carvalho Barros, especialista em otorrinolaringologia*
24 mar 2024, 10h02

Normalmente quem se deita e logo cai no sono imagina que dorme super bem. Mas pode ser exatamente o contrário.

Embora adormecer rapidamente seja uma habilidade desejável para muitas pessoas, a qualidade do sono não é determinada apenas por isso. O sono é influenciado por vários fatores, incluindo:

  • A quantidade de horas em sono profundo
  • A regularidade do padrão do sono
  • A ausência de interrupções durante a noite

Quando uma pessoa prega os olhos rapidamente, pode ser sinal de que não está tendo muito sono REM – que é o sono reparador, e importante para a saúde como um todo. É o caso típico da pessoa que pega no sono em poucos minutos por ter dormido mal nas noites anteriores.

+Leia também: Insônia nunca mais: os caminhos para superar o problema

O ciclo do sono se repete várias vezes ao longo da noite, com períodos de sono REM aumentando em duração à medida que a noite avança. Já o sono não-REM é dividido em três estágios: N1 (sono leve), N2 (sono moderado) e N3 (sono profundo).

Interessante ressaltar que não são etapas sequenciais, ou seja, do sono N1, podemos pular diretamente para o N3. O ciclo completo, incluindo todas as fases, leva aproximadamente 90 a 110 minutos para se repetir.

Um padrão de sono saudável e equilibrado envolve a passagem por todas essas fases em uma noite. E até em pessoas que adormecem rapidamente, interrupções frequentes no sono durante a noite sabotam esse ciclo.

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Isso pode resultar em uma sensação de cansaço, falta de energia, dificuldade de memorizar os compromissos, falha na concentração e fadiga extrema durante o dia.

Verdade que dormir rapidamente não é ruim também. Então, ao que prestar atenção para saber se o seu sono não está legal?

Alguns dos mais importantes sinais a serem observados são:

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  • Presença de ronco
  • Respiração pela boca à noite (o travesseiro acorda bem babado e a boca fica seca)
  • Necessidade frequente de ir ao banheiro no período noturno
  • Acordar cansado ou indisposto
  • Passar longos períodos acordado à noite

Para melhorar a qualidade do sono, é importante manter uma rotina regular de sono, criar um ambiente propício para dormir, evitar estimulantes antes de ir para o quarto e gerenciar o estresse. Se alguém estiver enfrentando problemas consistentes de sono, pode ser útil consultar um profissional de saúde para avaliação e orientação adicionais.

A apneia do sono

Esse é um tema especialmente caro para mim – e relacionado ao assunto desta coluna, uma vez que pessoas com apneia não tem dificuldades para adormecer, e ainda assim apresentam um sono de má qualidade.

Para quem ronca ou respira pela boca à noite, é importante verificar se há apneia, um problema marcado por interrupções breves na respiração durante o sono. O quadro é confirmado pelo exame de polissonografia, que avalia, através de vários sensores, se há apneia e o grau da mesma.

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Um dos tratamentos para isso é CPAP, uma máscara que joga ar sob pressão através do nariz e da boca e ajuda a evitar o ronco, pois impede a obstrução das vias aéreas. Outra possibilidade inclui cirurgias feitas por otorrinolaringologistas na região da garganta.

Ainda há a opção do aparelho intraoral (móvel), que mantém a mandíbula para a frente, ajudando a manter as vias respiratórias abertas. Já as famosas tiras nasais, que prometem ajudar a melhorar a passagem de ar, não apresentam benefícios para a apneia.

Algumas mudanças importante no estilo de vida podem também reduzir o ronco e apneia, como controlar o peso – que ajuda reduzir o excesso de tecido gorduroso na garganta – e não dormir de barriga para cima. Ah, e não abuse do álcool.

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Quase 30% das pessoas que roncam têm apneia e não sabem. O problema é que ela aumenta o risco de infarto, AVC, hipertensão, diabetes e problemas de memória.

*Bruno Borges de Carvalho Barros é especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo

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