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O real peso da obesidade no desenvolvimento do câncer ginecológico

Ganho de peso favorece especialmente a doença no endométrio. Especialista explica essa associação e como se precaver do problema

Por Glauco Baiocchi Neto, cirurgião oncológico*
10 abr 2023, 09h39

A obesidade, atualmente considerada uma pandemia, é fator de risco para múltiplas doenças, entre elas alguns tipos de câncer. O assunto nos preocupa pois se estima que tenhamos mais de 1 bilhão de pessoas com obesidade no mundo hoje.

A relação mais direta entre a quantidade de gordura corporal e o desenvolvimento de tumores é a que vemos no câncer no corpo do útero, o endométrio.

A explicação para isso se encontra no tecido adiposo, formado pelas células de gordura. Uma quantidade expressiva desse tecido, como ocorre no sobrepeso e na obesidade, resulta na liberação de uma grande quantidade de substâncias inflamatórias conhecidas como citocinas, que incendeiam o organismo e instauram um processo de descontrole sobre as células, o ponto de partida para a evolução de um câncer.

+ LEIA TAMBÉM: Saiba tudo sobre endometriose

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) ressalta que a obesidade é um importante fator de risco para o desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer. E vale ressaltar que ela é uma condição multifatorial, que não envolve só hábitos de vida mas também aspectos biológicos e psicológicos.

E qual é o real peso da obesidade nos diferentes tipos de câncer ginecológico? Antes de responder, convém esclarecer que há cinco tipos principais de tumores que afetam o aparelho reprodutor feminino: de ovário, de endométrio, de colo do útero, de vagina e de vulva.

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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), para todos eles somados, são previstos mais de 32 mil novos casos em 2023. Apesar da alta incidência, não são doenças bem conhecidas do público em geral. E a população sabe ainda menos sobre o papel da obesidade nessa história.

No câncer de endométrio, os tecidos gordurosos também produzem uma maior quantidade de estrogênio (hormônio sexual feminino), que contribui para o surgimento e a progressão de um tumor. Essa superprodução também está associada a uma maior incidência de câncer de mama e ovário.

Para reduzir o risco dessas doenças, além de manter o controle do peso e buscar tratamento para a obesidade, é recomendado não fumar, adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, evitar o consumo de álcool e fazer exames regularmente.

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Também é importante que as mulheres estejam atentas para os principais sintomas: sangramento uterino anormal e desconforto pélvico. O câncer de endométrio (mas não só ele) costuma ser silencioso principalmente no início, mas conhecer os sinais suspeitos e procurar o médico quanto antes é determinante para o diagnóstico e o tratamento precoces.

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Sensibilizar a população sobre essas doenças é uma das bandeiras do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), que tem atuado para promover educação e conhecimento a respeito. Desde a criação, seus membros em todo o país buscam disseminar informação e promover o acesso às medidas baseadas em evidência científica.

Isso passa por acompanhar e incentivar o desenvolvimento de programas eficazes de vacinação e triagem contra o HPV e de realização do exame papanicolau, ferramentas importantes para a prevenção dos tumores ginecológicos. E também passa por alertar as pessoas sobre o elo entre o ganho de peso e esse tipo de doença.

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* Glauco Baiocchi Neto é cirurgião oncológico, presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) e líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo Cancer Center (SP)

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