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Melasma: verão desperta alerta para manchas no rosto

Nem toda mancha é melasma. Médico esclarece as características do problema e a evolução no tratamento

Por Lucas Miranda, dermatologista*
13 dez 2022, 10h13

Só quem sofre de melasma sabe o trabalho e a minúcia da rotina de cuidados para tornar as manchas na pele menos aparentes. De tom acastanhado, elas costumam aparecer na face, principalmente maçãs do rosto, testa, nariz e lábio superior.

Com as temperaturas subindo, é muito importante redobrar a atenção com o problema, já que o sol e o calor são alguns dos principais fatores de estímulo ao aparecimento das manchas. E lembrar que existem medidas e tratamentos eficazes para a condição.

Em primeiro lugar, vale ponderar que nem toda mancha no rosto é melasma. As manchas do melasma têm formatos irregulares e bem definidos, sendo geralmente simétricas (iguais nos dois lados da face).

Apesar de inofensiva para a saúde, a anomalia pigmentar, mais comum em mulheres, costuma causar incômodo porque, além de ser algo crônico que demanda cuidados no dia a dia, acaba gerando uma insatisfação constante na frente dos espelhos, das câmeras e das videochamadas, impactando negativamente a autoestima.

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Não há um consenso científico quanto a uma causa isolada para o melasma. O que se sabe, até agora, é que, além do fator genético, a condição está relacionada a alterações hormonais (como aquelas da gravidez ou associadas ao uso de anticoncepcionais).

Pessoas com mais melanina na pele também são mais propensas ao quadro, daí ele ser mais comum em mulheres de origem ou descendência africana, asiática, árabe e hispânica.

Há, ainda, uma relação muito forte entre as manchas e a exposição solar e ao calor. E não me refiro apenas ao sol. Uma pessoa que passa horas num ambiente quente, como uma cozinha fechada com forno aceso, por exemplo, corre mais risco de desenvolver o melasma. A exposição a lâmpadas e telas de celular, TV e computador também influencia e exige cuidados.

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Como é o tratamento?

O melasma não tem cura definitiva e, nesse contexto, muitas mulheres investem alto em cremes e outros produtos sem obter o resultado desejado. A boa notícia é que já contamos com tecnologias avançadas e eficazes para o controle do problema, o que não dispensa os cuidados diários, essenciais para manter os resultados.

O tratamento não é algo simples e depende do conhecimento e da habilidade do dermatologista em identificar as particularidades de cada paciente e, a partir daí, criar uma estratégia personalizada. Outro ponto de atenção é que, muitas vezes, um tratamento ou procedimento inadequado pode agravar a condição, ocasionando uma piora das manchas.

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De forma geral, o tratamento conjuga medidas para clarear a pele e estabilizar e impedir que as manchas voltem. Isso sempre inclui a proteção contra raios ultravioleta e luz visível (protetor solar de FPS 30 no mínimo, com cor), que deve ser redobrada quando se inicia o tratamento.

O uso do protetor solar certo, na quantidade correta e da forma correta, com reaplicação ao longo do dia, é indispensável a qualquer pessoa que preze pela saúde e a beleza da pele, e mais importante ainda para aquelas que desejam se ver livres das manchas.

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Fora isso, o controle do melasma pode contemplar medicamentos tópicos e procedimentos para o clareamento, que vão de peelings a tecnologias a laser. Podem ser usados em conjunto, em ciclos, ou individualmente, dependendo do planejamento médico feito de forma individualizada.

Entre as terapias mais modernas, podemos destacar um método baseado em laser com pulso de luz adaptativo e estruturado, que foi premiado como a tecnologia estética mais inovadora do mundo. Ele possibilita que os pigmentos da pele sejam quebrados em partículas menores, tornando mais fácil a eliminação das manchas, mesmo as maiores, com menos efeitos colaterais.

Além da parte pigmentar, essa tecnologia atua nos componentes vascular e inflamatório do melasma. Em paralelo, promove microperfurações delicadas e precisas na pele, gerando importante melhora da textura e tratando, ao mesmo tempo, rugas e cicatrizes de acne. O procedimento pode ser associado à aplicação tópica de medicamentos via drug delivery, possibilitando a entrega de ativos clareadores e anti-inflamatórios.

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Normalmente, são realizadas de quatro a seis sessões, quinzenalmente, com resultados muito bons com um menor número de sessões, quando comparamos a técnica com outras baseadas em laser. A vantagem é que não se trata de apenas um clareamento da pele, mas de um um tratamento integral com melhores resultados no longo prazo (quando voltam, as manchas não retornam com a mesma intensidade).

Outro tipo de laser não ablativo que chegou ao mercado permite que, com sessões rápidas e indolores, tenhamos resultados impressionantes contra manchas sem agredir as camadas superficiais da pele (ela não descama depois) e sem a necessidade de aquecer a pele para estimular sua restauração, algo que acontecia com os lasers mais antigos e podia promover um efeito rebote do melasma.

A junção de um profissional especializado, apto a fazer uma boa consulta, com tratamentos mais modernos tem tornado o tratamento dessa condição mais seguro e efetivo. Ao sinal de quaisquer manchas no rosto que causem incômodo, procure um dermatologista. Quanto antes diagnosticarmos e atacarmos as manchas de forma adequada, maiores as chances de êxito.

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* Lucas Miranda é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), e possui especialização em Tricologia Médica, Cosmiatria e Cirurgia Dermatológica

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