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Fraudes contra planos de saúde: não é ‘jeitinho’, é crime

Especialista explica o impacto das fraudes para todos os usuários da saúde suplementar, e não só para os praticantes

Por Por Eduardo Malaco, diretor de operações da Care Plus*
Atualizado em 24 jun 2023, 11h05 - Publicado em 24 jun 2023, 11h03

As fraudes na saúde suplementar têm ganhado os holofotes da mídia e a atenção do público. Afinal, afetam todos os agentes da cadeia, das operadoras e empregadores aos beneficiários.

Várias infrações comprometem a sustentabilidade do sistema: reembolsos sem desembolsos, empréstimo de carteirinha para não beneficiários, excesso de pedido de materiais e situações em que a judicialização é forçada.

Como, então, encontrar caminhos para combater estes atos?

Antes da persistência, da estratégia, da seriedade e das ações práticas, tudo começa dando o nome correto às coisas: fraudar planos de saúde é crime.

Quando alguém toma tal atitude, este cometendo um crime contra os outros beneficiários, que vão, literalmente, pagar por essa conta num futuro próximo.

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+ Leia também: O peso dos reajustes dos planos de saúde no orçamento das famílias

O preço das fraudes

A preocupação não é indevida e nem coisa “de empresário”. Atenção a estes dados: no Brasil, 19% – ou R$ 27 milhões – dos gastos em saúde privada são fraudulentos, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Já segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), R$ 349,3 milhões é a soma dos valores de fraude comprovadas, apenas no 1º semestre de 2021.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), por sua vez, denunciou em 2022 um esquema que movimentou mais de R$ 40 milhões baseado em empresas de fachada, “beneficiários-laranjas” e até falsos prestadores de serviços médicos.

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E não para por aí: 15% dos sinistros registrados no Brasil foram classificados como suspeitos.

Em escala global, as perdas anuais em fraudes em seguros na América Latina representam US$ 50 bilhões.

Como enfrentar esse cenário?

Com o aumento das fraudes, é necessário que haja mais investimentos em fiscalização e proteção. No entanto, existe uma contrapartida pouco compreendida pelas pessoas.

Para aumentar a segurança, há maior gasto de recursos, e a liberação de pagamentos aos prestadores de serviços e reembolsos aos beneficiários se torna mais exigente, ganha novas etapas e isso aumenta o tempo de resposta a essas demandas.

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Ou seja, quem não frauda é atingido no seu bolso e na sua experiência.

+ Leia também: Entrevista: advogada expõe “caixa-preta” dos planos de saúde

Para fazer frente a este cenário desafiador, na Care Plus adotamos um processo de análise rigoroso, que envolve desde a solicitação de documentos complementares (para casos de reembolsos) até a junta médica – que, em 2022, foi nove vezes maior se comparado ao período pré-pandemia.

Com isso, identificamos que cerca de 30% das solicitações médicas eram totalmente desnecessárias.

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Isso sem mencionar os procedimentos em que estavam sendo solicitados códigos ou materiais que não precisariam ser usados, causando, em média, um aumento de mais de 200% no custo dos procedimentos envolvidos e sem qualquer benefício ao paciente.

Tais medidas geraram 29% menos registros de sinistros pagos e economia de mais de R$ 16 milhões.

Fica claro, então, que combater a fraude não é uma opção para as operadoras – se não o fizerem, os valores das mensalidades se tornam absolutamente inviáveis.

Fora que, em muitos casos, as medidas protegem também a saúde dos beneficiários.

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A estratégia

Esses resultados só foram possíveis a partir de uma estratégia baseada em quatro pilares: atenção às leis e às regulações do setor, capacitação de nossos colaboradores, investimento em inovação e data analytics, e informação, promovendo campanhas de conscientização e chamando as pessoas para o centro da conversa.

Neste último pilar, aliás, temos a campanha “Trago Verdades”, que desde seu lançamento, em 2021, fala com o público a partir do personagem Inspetor Frau, de maneira clara e aberta sobre os diferentes tipos de fraudes. A empresa ainda disponibiliza um canal para denúncias.

Essas ações mostram que o caminho para o combate às fraudes é árduo, pode ser longo, mas é possível. Basta compromisso e conscientização de cada elo que integra esse complexo sistema.

* Eduardo Malaco é diretor de Operações da Care Plus

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