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Falta de higiene bucal pode contribuir para demência

Estudo relaciona má higiene e perda dentária a maior risco de declínio cognitivo e demência. Dentista comenta o elo

Por Patrícia Almeida, cirurgiã-dentista*
12 dez 2022, 08h48

Uma pesquisa publicada recentemente no periódico da Sociedade Americana de Geriatria concluiu que a má saúde bucal, caracterizada pela presença de periodontite, e a perda dentária estão associadas ao aumento no risco de declínio cognitivo e demência.

O motivo? As bactérias da boca podem desempenhar um papel na inflamação do cérebro. A investigação usou cinco bases de dados de estudos relevantes na área publicados até abril de 2022, somando informações de milhares de pessoas.

A periodontite é a inflamação dos tecidos que dão sustentação aos dentes. Costuma começar com uma gengivite e pode levar à perda dentária. O problema afeta entre 10 e 15% da população adulta, sendo considerada a sexta doença mais prevalente no mundo.

Fora os danos à boca, a periodontite também está ligada a maior risco de diabetes e problemas cardiovasculares. Ao que tudo indica, a demência aumenta a lista de doenças associadas.

A demência é marcada por um declínio cognitivo progressivo e acomete mais de 1 milhão de brasileiros. Existem diversas formas, sendo que uma das principais é o Alzheimer.

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+ LEIA TAMBÉM: O que está por trás da gengivite e da periodontite

A nova revisão só reforça o que outros estudos focados em perda dentária e comprometimento cognitivo já haviam revelado. Num deles, que acompanhou 34 mil adultos, as pessoas que perderam mais dentes, reflexo da má higiene bucal e da falta de consultas ao dentista, tiveram, em média, um risco 48% maior de apresentar déficit cognitivo e 28% maior de ter demência.

Supõe-se que a inflamação disparada na boca tenha repercussões sistêmicas, entre elas a maior propensão a danos cerebrais. Apesar de as pesquisas não avaliarem quanto a saúde bucal é capaz de diminuir o risco de demência, os achados enfatizam, do ponto de vista clínico, a importância de um bom monitoramento e de medidas preventivas.

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Sim, porque se trata de um fator de risco modificável, isto é, o indivíduo pode começar a se cuidar e influenciar um eventual risco no futuro. Na prática, isso significa investir na escovação, com pasta e fio dental, pelo menos três vezes ao dia. E realizar as visitas periódicas ao dentista a cada três meses.

Aliás, para quem já sofre com declínio cognitivo ou com demência, manter a higienização bucal e as consultas odontológicas continua sendo fundamental para evitar outros problemas de saúde e assegurar a qualidade de vida.

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* Patrícia Almeida é cirurgiã-dentista, especialista em reabilitação oral e estética, idealizadora da clínica Odontologia Almeida e integrante da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD)

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