Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Esqueça os superalimentos: pensar só neles pode ser uma cilada

Termos como ‘alimentação limpa’, ‘alimentos bons e ruins’ e ‘superalimentos’ não devem pautar escolhas alimentares

Por Marcella Garcez, nutróloga*
4 out 2024, 14h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O conceito de alimentação saudável tornou-se nebuloso nas redes sociais, com termos problemáticos como “alimentação limpa”, “alimentos bons e ruins” e “superalimentos”.

    Enquanto a dieta se torna uma briga entre super-heróis e vilões, quase seis em cada 10 brasileiros (59%) têm sobrepeso ou obesidade, segundo última pesquisa do Datafolha. Está claro que esses conceitos não estão ajudando. E se pudéssemos simplificar as coisas?

    Olhar para a dieta inteira pode tornar a alimentação muito mais fácil. Aproxime-se do conceito de uma dieta diversificada, equilibrada e o mais natural possível. Essa é a base! E, com ela, comer um doce também pode ser saudável, e não algo que nos afasta de uma suposta “alimentação limpa”.

    Além da questão da perda de peso, o ato de rotular alimentos como “bons” ou “ruins” também se aplica a crenças sobre alimentação saudável.

    +Leia também: Dieta anti-inflamatória: ciência ou moda?

    Continua após a publicidade

    A restrição recai sobre o alimento “ruim”. Mas proibir algo aumenta a probabilidade de querer comer ainda mais. Assim que o alimento proibido for ingerido, o paciente sentirá que falhou. Muitas vezes, isso pode levá-lo a desistir completamente de todas as mudanças saudáveis ​​que fez.

    Já o termo sensacionalista “alimentação limpa”, usado para descrever uma dieta sem ingredientes artificiais ou alimentos processados, também é problemático. O conceito geralmente vem com uma longa lista de proibições de ingredientes ou grupos alimentares inteiros. A ideia de uma alimentação ‘o mais natural possível’ é mais vantajosa porque não exclui e nem demoniza alimentos.

    Comer muitas frutas e vegetais é ótimo, mas ainda assim será preciso incluir outros nutrientes (carboidratos ricos em amido, proteínas e gorduras insaturadas). O excesso delas não cobrirá essa falta.

    Continua após a publicidade

    Ainda assim, é verdade que precisamos mais de alguns grupos alimentares do que de outros. E também existem melhores escolhas dentro desses grupos, por exemplo, proteínas magras como peixes e aves, laticínios com baixo teor de gordura ou carboidratos ricos em fibras. Esses devem fazer parte da rotina.

    Já alimentos ricos em gordura saturada, açucarados e salgados (como bolos, biscoitos, chocolate, salgadinhos e ketchup) devem ser exceção, consumidos com moderação.

    O segredo para um padrão alimentar mais saudável é a consistência, não a restrição.

    Continua após a publicidade

    E os superalimentos?

    Por fim, diversos alimentos como chia, espirulina, couve, goji berry, avocado, nozes, psyllium, açafrão, vinagre de maçã e até mesmo brócolis já atingiram o status de superalimentos, levando muitos a acreditar que eles devem ter um lugar especial nas dietas.

    Apesar de poderem ser incluídos com mais frequência na alimentação, não há evidências científicas de que esses alimentos possuem propriedades milagrosas.

    Alimentos ou nutrientes isolados não devem ser o foco da sua dieta: concentre-se em um padrão alimentar saudável e balanceado, com muitas frutas e vegetais, grãos integrais, leguminosas, peixes e azeite de oliva.

    Continua após a publicidade

    *Marcella Garcez é médica nutróloga, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e pesquisadora em suplementos alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo

    Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.