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Envelhecimento ovariano não precisa ser inimigo do bem-estar

O processo, que se acentua na menopausa é inevitável, mas dá para administrar melhor suas consequências negativas

Por Alessandro Scapinelli, ginecologista*
5 jul 2023, 10h02
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  • Ante o envelhecimento da população brasileira e a longevidade média de 80 anos para a população feminina, é importante que as mulheres cuidem bem – e sempre! – de sua saúde. Não só para evitar doenças, mas para que tenham melhor qualidade de vida.

    Nesse sentido, um dos aspectos mais importantes é a consciência sobre o processo de envelhecimento ovariano, como conviver bem com ele e administrá-lo de maneira adequada.

    Com o envelhecimento ovariano, níveis de hormônios importantes se alteram e surgem vários distúrbios. A mulher pode passar a ter queda de energia e irregularidades menstruais.

    Além disso, há o risco de doenças relacionadas ao avançar dos anos, como as cardiovasculares, depressão, osteoporose, sono fragmentado, funções intestinais comprometidas e diminuição da memória.

    O que é envelhecimento ovariano

    Pouca gente sabe, mas o envelhecimento ovariano manifesta-se ainda no ambiente intrauterino, quando a bebê tem aproximadamente 20 semanas de vida. Nesse momento, ocorre o pico da população de folículos, estruturas que guardam os óvulos.

    A partir daí, o ovário começa a diminuir sua população de folículos até o momento da menopausa, no qual restarão aproximadamente mil folículos, sendo que a mulher nasce com um milhão e meio.

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    + Leia também: Há (mais) vida na menopausa

    Tais fatores comprometem inclusive a qualidade da vida e a saúde emocional. O desequilíbrio hormonal é uma das consequências-chave em se tratando de envelhecimento ovariano.

    A queda de todos os hormônios femininos, como estradiol, progesterona e testosterona, exerce impacto negativo no cérebro. Por isso, é preciso equilibrá-los para a manutenção das funções fisiológicas.

    Como lidar com o envelhecimento ovariano

    A primeira e permanente atitude no enfrentamento desse processo é manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e prática de atividades físicas.

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    É preciso enfatizar que todas as glândulas, tecidos e órgãos do corpo têm a mesma idade do ovário, sendo necessário cuidar de tudo e manter uma visão integrativa e geral da saúde. Ou seja, não é só ele que importa.

    Também é importante a reposição hormonal para que as mulheres vivam e envelheçam da melhor maneira possível. Isso porque o envelhecimento ovariano leva à perda da capacidade de manter a produção fisiológica de hormônios, tão necessária para o bem-estar.

    + Leia também: A promessa de um novo remédio para fogachos

    Para isso, é fundamental uma avaliação médica individualizada, que possibilitará reequilibrar toda a orquestra hormonal e viabilizará melhores condições para uma longevidade saudável.

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    Não se pode deter o curso implacável da natureza. Porém, com a devida consciência, hábitos saudáveis, acompanhamento médico regular e terapias adequadas, é cada vez mais possível vivenciar cada etapa da vida com mais saúde, disposição e alegria.

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    * Alessandro Scapinelli é médico, mestre em Ginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2010); membro da American Association of Gynecologic Laparoscopy e da International Menopause Society (IMS).

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