Relâmpago: Revista em casa a partir de 10,99
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Dia Nacional da Saúde: o seguro e a prudência

Pesquisas revelam que o brasileiro deixa a desejar quando o assunto é cuidar da própria saúde

Por Claudia Cohn*
5 ago 2023, 09h54
dia-nacional-da-saude
Apesar de preocupados com a saúde, brasileiros não tomam cuidados essenciais  (VEJA SAÚDE/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Pesquisas de opinião apontam frequentemente a saúde como prioridade na vida dos brasileiros, ao lado de quesitos como segurança, educação e estabilidade financeira. 

Na última sondagem do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) sobre desejos para 2023, por exemplo, o item mais citado foi “investimentos em saúde”  — por 23% dos entrevistados. 

Todo mundo conhece o ditado “o seguro morreu de velho”. Na saúde, ele é ainda mais verdadeiro. No entanto, outros estudos revelam que a maior parte da população brasileira, não tem seguido à risca esta sabedoria popular e centenária.

Recentemente, realizamos um levantamento em quatro regiões metropolitanas do Brasil, com mais de três mil entrevistados, entre adultos, homens e mulheres, que identificou as diferenças no perfil de cuidado do brasileiro com a própria saúde.

+ Leia também: Com mundo mais quente, aumenta o impacto das mudanças climáticas na saúde

O malabarista

Após a análise das entrevistas, foram identificados seis perfis referentes à forma de se relacionar com a saúde: exigentes; motivados; simplistas; malabaristas; carentes e desinteressados. 

São tipos que conseguimos reconhecer facilmente em alguém da nossa família, ou em nós mesmos. 

Continua após a publicidade

Em primeiro lugar no ranking da pesquisa, com 23%, está o perfil malabarista: aquele para quem a saúde é importante, mas que não têm tempo de se cuidar. 

Este grupo não prioriza exames ou consultas médicas regulares porque entende que a jornada de cuidado exige muita dedicação e é difícil de ser coordenada, além de desejar flexibilidade para que a saúde se adapte à sua rotina – e não o contrário. Se reconheceu? 

+ Leia também: O que explica o aumento da obesidade entre jovens no Brasil?

O agravante é que 61% dos malabaristas possuem alguma condição de saúde que pode levar a patologias mais graves.

Um grande alerta vermelho é que os cuidados não necessariamente aumentam mesmo com a presença de alguma doença crônica, como hipertensão, obesidade ou diabetes. 

Continua após a publicidade

Entre muitos que estão nestes grupos, acompanhamento básico, com exames periódicos, não são prioridade. A falta de controle pode significar complicações sérias no médio e longo prazo. 

Dos simplistas aos exigentes

Em segundo lugar (21%), está o grupo dos simplistas, que fazem apenas o que é “indolor” e descomplicado em relação à saúde e fogem dos acompanhamentos periódicos necessários. 

Em seguida, estão os carentes (20%), que se submetem a poucos exames, mas se sentem mal e gostariam de adotar uma postura mais proativa em relação ao cuidado.

+ Leia também: Infartos em jovens aumentam há décadas, e não por causa de vacinas

Os desinteressados (16%), aparecem em quarto lugar e não realizam exames ou consultas periódicas antes de apresentarem sintomas relevantes

Continua após a publicidade

Motivados (12%) e exigentes (9%) são aqueles que melhor representam o ditado popular sobre o seguro. Eles fazem acompanhamento médico periódico, são proativos e exigentes em relação aos serviços de saúde, mas, infelizmente estão atrás no ranking. 

Apenas 21% da amostra é disciplinada na rotina de exames e consultas, e sente satisfação em se cuidar. E esse protagonismo não tem a ver com alguma condição pré-existente de saúde, pois o principal foco desses dois grupos é a precaução e a longevidade.  

Longe do ideal

Essas informações mostram como os brasileiros ainda têm um comportamento distante do ideal em relação à prevenção de doenças. 

Mesmo habitantes de grandes metrópoles, com mais acesso a serviços médicos – inclusive com facilidades, como atendimento domiciliar – apresentam atitudes pouco saudáveis.   

Continua após a publicidade

O melhor desfecho clínico de doenças depende da adoção de um estilo de vida saudável e do engajamento na conduta médica de tratamento e realização de exames periódicos, tema interessante para um próximo artigo. 

Como diz um outro provérbio, “prudência não faz mal a ninguém”.

*Claudia Cohn é diretora executiva da Alta Diagnósticos.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.